O Familhão, aquele quadro famoso do Luciano Huck no Domingão, tá dando o que falar, principalmente depois do desabafo do ator Paulo Betti. Ele, que é super respeitado e tem uma carreira longa na Globo, soltou o verbo sobre a atração em um podcast chamado Futeboteco. O cara tem 72 anos e, com toda a experiência que tem, não ficou com papas na língua: “O Huck dá uma casa pra você por mês. Eu vejo aquilo e falo: ‘Gente, pera aí, que coisa triste de se ver’”, mandou ver.
Betti, que saiu da Globo em 2023, não ficou só nessa crítica. Ele comentou que, mesmo se tudo fosse de graça, “já seria triste” e ainda acrescentou que “não é todo mundo que concorre ao prêmio milionário”. Ele tem toda razão, né? O que deveria ser uma ajuda tá parecendo mais um espetáculo triste.
O ator não escondeu que foi funcionário exclusivo da Globo por muitos anos e, em várias ocasiões, ele já criticou a emissora, citando como exemplo a visibilidade que outros profissionais, como Alexandre Garcia, tiveram por lá. É interessante como ele aponta isso, porque mostra que a percepção do que é sucesso na TV pode variar bastante.
Mas, vamos falar um pouco do Familhão, né? Ele é basicamente um “lojão”, onde você paga R$ 20 e pode trocar por serviços e produtos de empresas parceiras, tipo Cacau Show, Burger King e Natura, entre outros. Por esse valor, o cliente recebe um número da sorte, que dá chance de ganhar R$ 1 milhão todo mês. Além disso, rolam 20 créditos, que equivalem a 20 reais para gastar no lojão e um cupom especial com descontos.
Mas não é só alegria, não. O Familhão já acumulou mais de 3 mil reclamações no site Reclame Aqui. O povo tá reclamando, especialmente pela dificuldade em cancelar os serviços. Isso mostra que, por trás das câmeras e do glamour, a realidade pode ser bem diferente.
É curioso pensar como a TV e os reality shows têm mudado a maneira como as pessoas enxergam a sorte e a vida. Antes, a ideia de ganhar na loteria era quase um sonho distante, mas agora, com essas novas dinâmicas, parece que todo mundo pode ter uma chance. No entanto, será que essa chance vale o preço?
Tem dias que fico pensando se tudo isso faz sentido. As pessoas gastam dinheiro esperando ganhar um prêmio grande, mas muitas vezes, acabam se sentindo enganadas quando as coisas não vão como esperavam. A sensação de que a felicidade pode ser comprada, mesmo que momentaneamente, é algo que vem sendo questionado.
E cá entre nós, a gente sabe que a TV tem seu papel em moldar essas percepções. O sucesso instantâneo, a fama e o dinheiro fácil são mostrados de uma forma tão glamourosa que acaba criando uma expectativa absurda. Eu mesmo já vi amigos apostando tudo em sorteios, acreditando que a sorte estava a um bilhete de distância.
Acredito que, no fundo, a gente precisa entender que a vida não é um jogo e que a felicidade não pode ser medida em prêmios. O desabafo do Paulo Betti é só mais um lembrete de que a realidade nem sempre é tão brilhante quanto parece. Por mais que a gente curta um bom programa de auditório, é sempre bom manter os pés no chão e lembrar que, por trás de tudo isso, tem uma vida real que precisa ser vivida de maneira mais significativa.
Então, se você tá pensando em entrar na onda do Familhão, só fique atento e não deixe que a busca por prêmios te faça esquecer o que realmente importa: viver bem, fazer amigos e ser feliz de um jeito que não precisa de sorteio!
