A Alcione, durante uma entrevista, contou sobre um episódio de racismo que viveu no começo da sua carreira. Ela falou que, mesmo sendo uma pessoa calma, não costuma deixar barato quando alguém a ofende. E foi exatamente o que aconteceu quando ela se deparou com um comentário racista enquanto estava em um hotel, participando de uma convenção. O relato foi feito no programa Admiráveis Conselheiras, que é comandado pela Astrid Fontenelle no GNT.
A cantora explicou que, no dia da convenção, ela chegou e perguntou onde era o salão, como qualquer pessoa faria. Foi aí que um cara, do nada, se aproximou e soltou uma ofensa completamente sem noção: “Ih, chegou o navio negreiro”. E, como é de seu estilo, Alcione não deixou passar batido. Ela, com a ginga e a coragem que todo mundo conhece, respondeu de forma bem direta: “Olha, meu amigo, o meu papel higiênico é branco, mas também limpo meu c* com ele.” A frase, bem no estilo dela, foi uma resposta à altura e deixou claro que não ia abaixar a cabeça diante de ofensas desse tipo.
Esse tipo de situação, infelizmente, ainda acontece com muitas pessoas, principalmente com as que são negras e estão em destaque na mídia ou em posições de poder. Mas o que é legal nessa história é ver como Alcione se posicionou, mostrando que, apesar de ser uma artista que sempre transmitiu muita elegância, ela também sabe se impor quando a situação exige.
Esse tipo de relato traz à tona o quanto ainda precisamos discutir sobre o racismo, não só nas ruas, mas também em lugares mais “refinados” ou onde as pessoas costumam se reunir para negócios e eventos importantes. O racismo não tem hora nem lugar, e ele aparece até nas situações mais inusitadas, como essa de uma simples convenção em um hotel.
Fiquei pensando aqui… às vezes, quem sofre esse tipo de coisa fica sem reação, sem saber como lidar, porque a ofensa é tão inesperada. No caso da Alcione, ela foi super firme. Talvez, se fosse comigo, eu teria ficado em choque, mas ao mesmo tempo fico pensando: será que tem como eu dar uma resposta à altura assim? Acho que a gente acaba se acostumando com certas situações, né? Como se fosse normal, mas não é.
Outro ponto interessante dessa história é a maneira como Alcione usa a sua voz. Ela tem a posição de falar sobre o racismo com uma certa leveza, mas sem perder a força. Ao contar isso, ela não só compartilha sua vivência, mas também conscientiza muitas pessoas que, talvez, não tenham ideia de como esse tipo de atitude ainda persiste nos dias de hoje.
Ela também demonstrou que, por mais que tenha uma postura tranquila, não é qualquer um que vai chegar e falar o que quer, principalmente quando se trata de algo tão pesado quanto o racismo. A resposta dela foi forte, mas de uma maneira até engraçada, porque mostrou que, por mais que a pessoa tente diminuir ou ofender, não vai conseguir abalar quem ela é.
Enfim, histórias como a da Alcione nos fazem refletir sobre as pequenas e grandes atitudes do dia a dia e nos lembram de que o racismo é um problema real, e ainda precisamos de muito mais discussão e ação para mudar esse cenário. Eu, particularmente, admiro muito a forma como ela se colocou nesse momento. Acho que todos nós deveríamos, de alguma forma, aprender a dar respostas tão firmes e certeiras, mas com respeito, claro, para quando situações como essa se apresentarem.
Confira:
"Já sofreu racismo, Alcione?"
— Sérgio Santos (@ZAMENZA) November 25, 2024
"Já. Eu perguntei onde era o salão da convenção e um cara chegou do meu lado e disse 'Ih, chegou o navio negreiro'. Eu falei 'olha, meu colega, meu papel higiênico é branco, mas eu também limpo meu cu com ele." pic.twitter.com/KVEwdGYMPL
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