Delegado preso suspeito de assediar servidoras é solto e volta a trabalhar de forma remota em MT

Polêmica Envolve Delegado de Polícia em Mato Grosso: Acusações de Assédio e Corrupção

Recentemente, um caso que tem gerado bastante repercussão na mídia é o do delegado João Antônio, que foi solto pela Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso. O habeas corpus foi concedido, mas com a imposição de diversas medidas cautelares que visam garantir a segurança das vítimas e a integridade das investigações em andamento.

Medidas Cautelares Impostas

Entre as obrigações que João Antônio deve cumprir estão algumas bastante rigorosas. Ele precisa declarar e comprovar seu endereço em juízo, manter uma distância mínima de 500 metros das vítimas e testemunhas e não pode sair da comarca sem autorização judicial. Além disso, o delegado está sujeito a recolhimento domiciliar noturno, que se estende das 22h às 6h, e deverá usar uma tornozeleira eletrônica para monitoramento. Outras imposições incluem o não envolvimento em novos delitos e a permanência em regime de teletrabalho.

Acusações de Má Conduta

O afastamento do delegado ocorreu em fevereiro deste ano, após uma série de denúncias que o implicam em práticas de corrupção e assédio sexual. Ele foi acusado de receber valores indevidos e de ter se comportado de maneira inadequada com estagiárias e servidoras da polícia. É importante ressaltar que, em sua defesa, João Antônio sempre negou todas as acusações.

Relatos de Assédio

Um dos relatos mais preocupantes envolve uma funcionária que, ao buscar esclarecimentos com o delegado, foi surpreendida por uma atitude agressiva. Segundo a vítima, ao entrar em sua sala, o delegado mandou que ela trancasse a porta, insinuando que queria beijá-la. Essa situação não só é perturbadora como também levanta questões sérias sobre a dinâmica de poder dentro das instituições.

Corrupção e Propinas

Além do assédio, as acusações de corrupção são igualmente alarmantes. A Corregedoria da Polícia Civil apurou que o delegado exigiu R$ 30 mil de um motorista para não abrir um inquérito após um acidente de trânsito. Em outra situação, ele teria recebido R$ 40 mil de um advogado para arquivar uma investigação sobre falsidade ideológica em documentos de propriedade rural. Essas práticas não só comprometem a integridade do trabalho policial, mas também minam a confiança da população nas instituições.

Investigação em Andamento

Para apurar a veracidade das denúncias, a Corregedoria-Geral da Polícia Civil instaurou uma investigação. Essa apuração envolve entrevistas, depoimentos de testemunhas e outras diligências necessárias para entender o que realmente ocorreu. É fundamental que esses casos sejam tratados com seriedade, para que a justiça seja feita, tanto para as vítimas quanto para o acusado, garantindo um processo justo.

Reflexões Finais

Casos como este ressaltam a importância de um sistema judicial que não apenas puna comportamentos inadequados, mas que também promova um ambiente de trabalho seguro e respeitoso para todos. A confiança da sociedade nas instituições policiais é crucial, e escândalos desse tipo podem ter um impacto duradouro na percepção pública. Portanto, é essencial que as autoridades competentes atuem de maneira eficaz e transparente, para restabelecer a fé da população na justiça e na segurança pública.

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