Crime e fé: as postagens de “Ratomen” antes de ser morto pela Polícia no RJ

A Trágica História de Ratomen: Entre a Fé e o Crime na Cidade de Deus

Gabriel Gomes Faria, mais conhecido como Ratomen, teve sua vida interrompida de maneira abrupta na noite da última segunda-feira, 18 de setembro, durante uma operação policial na Cidade de Deus, uma das comunidades mais conhecidas da Zona Oeste do Rio de Janeiro. Sua morte, marcada por uma série de contradições, levanta diversas questões sobre a vida no crime, a religiosidade e as consequências de escolhas perigosas.

Um Olhar Sobre a Vida de Ratomen

Nas redes sociais, Ratomen se apresentava como uma figura carismática, misturando elementos de fé e de uma vida ligada ao crime. Em suas postagens, era comum encontrar mensagens de agradecimento a Deus, como “Obrigado Deus, mais um ano na pista” ou “Deus, obrigado por mais um livramento e se fazer presente na minha vida”. Essas frases, embora carregadas de espiritualidade, contrastavam com outras que faziam referências diretas à criminalidade. Por exemplo, ele já havia compartilhado: “para não ser esculachado tive que forma no crime” e “preparado eu ganhei meu porte, hoje eu dou tiro para cara***”. Essa dicotomia em sua personalidade levanta reflexões sobre como jovens na comunidade podem navegar entre o desejo de uma vida melhor e as armadilhas do crime.