Ex-delegado executado: Justiça decreta prisão de sétimo suspeito

A Caçada aos Suspeitos do Assassinato do Ex-Delegado Ruy Ferraz Fontes

A manhã do último sábado, dia 20, trouxe novidades alarmantes na investigação do assassinato do ex-delegado-geral de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes. A Justiça de São Paulo decretou a prisão de mais um suspeito. O homem, identificado como William Silva Marques, é o sétimo a ser preso no caso, conforme apuração da CNN.

Segundo informações, William teria colaborado ativamente com as investigações. Sua defesa informou que ele tinha um depoimento agendado, que foi cancelado pela Polícia Civil na quinta-feira anterior, dia 18. O advogado de William, Johnny Fernandes, afirmou que a defesa está tentando remarcar o depoimento e que ele permanece à disposição para esclarecer os fatos.

O Cenário do Crime

William é descrito como proprietário de um imóvel em Praia Grande, no litoral paulista, que foi utilizado pelos criminosos no dia da execução. Em uma reviravolta, a suspeita Dahesly Oliveira Pires, de 25 anos, que já havia sido presa, teria ido à casa de William para pegar o fuzil que foi utilizado no crime. Este fuzil foi transportado para São Paulo, onde ocorreu o assassinato.

Quem São os Outros Suspeitos?

Além de William e Dahesly, outros nomes também estão ligados a esse crime brutal. Rafael Marcell Dias Simões, de 42 anos, foi preso no mesmo dia em São Vicente, e outro suspeito, Luiz Henrique Santos Batista, conhecido como Fofão, foi detido um dia antes, no litoral paulista, por sua suposta participação na logística do crime.

Durante uma coletiva de imprensa, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo revelou que os executores do crime, identificados como Flávio Henrique Ferreira de Souza e Felipe Avelino da Silva, também estão sendo investigados. Felipe é conhecido no crime organizado como Mascherano e está ligado ao PCC, a facção criminosa mais temida do estado.

O Conhecimento Tático dos Criminosos

Segundo as autoridades, a execução de Ruy Ferraz mostra um nível alto de organização e conhecimento tático, uma vez que os criminosos estavam armados com equipamentos pesados e ainda incendiaram o carro de fuga após o crime. Isso demonstra a frieza e o planejamento que os envolvidos tinham.

A Repercussão do Crime

A morte de Ruy Ferraz Fontes, que ocorreu em Praia Grande no dia 15 de setembro, gerou uma onda de indignação e mobilização nas forças de segurança pública. O ex-delegado era conhecido por seu papel fundamental no combate ao PCC, tendo sido responsável por indiciar membros importantes da facção em 2006. O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, declarou que “não resta dúvida de que o PCC está envolvido” na morte de Fontes.

A prisão de Dahesly Oliveira Pires ocorreu depois que ela transportou o fuzil para um homem no ABC Paulista. Durante seu depoimento, ela alegou não saber o que havia na sacola, mas essa afirmação não convenceu a polícia. O secretário Derrite destacou que a mulher recebeu um pagamento via Pix para realizar esse transporte, o que complicou ainda mais sua situação.

A Continuidade das Investigações

As prisões dos envolvidos não pararam por aí. A Justiça também decretou a prisão temporária de Luiz Antônio Rodrigues de Miranda, que teria ajudado na logística do transporte das armas. A polícia acredita que é crucial manter esses suspeitos sob custódia para evitar possíveis fugas e garantir que as investigações prossigam sem interrupções.

A execução de Ruy Ferraz Fontes não é apenas um caso de crime organizado; é também um reflexo do que muitos consideram a crescente violência no estado de São Paulo. O ex-delegado era um alvo e, segundo seus próprios relatos, estava ciente do risco que corria, tendo recebido ameaças de morte ao longo dos anos.

Reflexões Finais

A situação atual exige um monitoramento constante e um esforço colaborativo entre as forças de segurança e a sociedade. A prisão dos suspeitos é um passo importante, mas a luta contra o crime organizado é longa e complexa. As autoridades continuam a buscar mais informações e a prender aqueles que ainda estão foragidos, como Felipe Avelino da Silva, o Mascherano, que está em liberdade e é considerado um dos principais alvos da polícia.

É fundamental que cada cidadão esteja atento e colabore com as autoridades para garantir a segurança de todos. O caso de Ruy Ferraz Fontes é um lembrete sombrio dos riscos enfrentados por aqueles que se opõem ao crime organizado e da importância de se manter firme na luta contra a injustiça.



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