Flávio Bolsonaro rompe o silêncio, diz o que realmente pensa sobre Lula e pede Justiça

Flávio Bolsonaro (PL) voltou a causar burburinho nas redes sociais neste último final de semana, dia 5 de outubro. O senador, conhecido por não medir palavras, resolveu abrir o jogo sobre o que pensa do presidente Lula e também sobre as prisões relacionadas ao chamado “Dia do Golpe”, de 8 de janeiro de 2023 — data que continua sendo um dos pontos mais polêmicos da política recente no país.

No X (antigo Twitter), Flávio fez questão de deixar claro que, na visão dele, há injustiça nas detenções. Ele escreveu: “Essas pessoas não estão presas por justiça, não estão presas por um crime. Elas estão presas por vingança, por revanchismo político”. A frase, que rapidamente repercutiu, foi entendida como uma crítica direta a Lula, ao ministro Alexandre de Moraes e a outros nomes que têm se posicionado contra seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro.

O tom da publicação foi mais inflamado que o habitual — e não parou por aí. Flávio ainda convocou seus apoiadores para uma manifestação em Brasília, marcada para o dia 7 de outubro, às 16h, em frente à Catedral da cidade. “Te espero na terça-feira. Vamos lotar as ruas e mostrar que o povo tem voz. Anistia, já!”, escreveu, em uma espécie de apelo à base bolsonarista que segue ativa nas redes e nas ruas.

A convocação gerou repercussão imediata. Enquanto apoiadores reforçavam a mobilização, críticos acusavam o senador de tentar inflamar os ânimos num momento em que o país ainda tenta digerir os desdobramentos do 8 de janeiro. O tema da anistia, inclusive, voltou com força nos últimos meses, com manifestações, vídeos e declarações que pedem a liberdade dos envolvidos nos atos de vandalismo em Brasília.

Poucas horas depois da publicação inicial, Flávio voltou à carga — desta vez mudando o foco, mas sem abandonar o tom crítico. Ele compartilhou uma manchete sobre o aumento da inflação e o possível reajuste das mensalidades escolares previsto para 2026. “O governo Lula pode gastar quantos milhões quiser em propaganda, mas a vida real vai continuar a se impor”, escreveu o senador, ironizando o que considera o “fracasso econômico” da atual gestão.

A fala encontrou eco entre seus seguidores, que reclamam do aumento no custo de vida, especialmente com alimentação e educação. Nas redes, muitos comentaram que “a propaganda do governo não paga o boleto do supermercado” — frase que se tornou comum em postagens críticas à política econômica do PT.

De fato, o tema da inflação voltou a preocupar famílias brasileiras nos últimos meses. Com o preço dos alimentos subindo e a previsão de reajuste escolar para o ano que vem, a insatisfação de parte da população tem crescido. E Flávio, como de costume, aproveitou o momento para reforçar o discurso de oposição, misturando economia, política e apelos emocionais a uma base fiel que se mantém mobilizada.

Entre polêmicas e críticas, o senador mostra que segue firme na estratégia de manter o bolsonarismo em evidência, mesmo quase três anos após o fim do mandato do pai. Ao apostar na comunicação direta pelas redes — algo que o próprio Jair Bolsonaro sempre fez com maestria —, Flávio tenta ocupar um espaço político próprio, misturando indignação popular, críticas ao governo e um toque de provocação que garante engajamento.

No fim das contas, o que parecia só mais uma publicação se transformou em combustível para o debate político da semana. Afinal, em tempos de redes sociais e polarização, uma simples frase pode virar manchete — e Flávio Bolsonaro, definitivamente, sabe jogar esse jogo.



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