Greta Thunberg voltou a ser assunto nas redes sociais na madrugada desta terça-feira (7), depois de responder uma provocação do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O republicano, conhecido pelo seu jeito impulsivo de falar, disse que a ativista sueca “tem problemas para controlar a raiva”. Como era de se esperar, Greta não deixou barato e respondeu à altura, com o sarcasmo afiado que já virou sua marca registrada.
Em uma postagem, ela ironizou a fala de Trump, dizendo que ele talvez sofra do mesmo “problema”. “Ouvi dizer que Donald Trump expressou mais uma vez suas opiniões muito lisonjeiras sobre meu caráter e aprecio sua preocupação com minha saúde mental”, escreveu Greta, deixando evidente a pitada de ironia no texto. Logo em seguida, completou: “Eu aceitaria gentilmente quaisquer recomendações que você possa ter para lidar com esses chamados ‘problemas de controle da raiva’, já que, a julgar pelo seu histórico impressionante, você parece estar sofrendo com eles também”.
O comentário da ativista rapidamente viralizou e reacendeu a velha rixa entre os dois, que começou ainda em 2019, quando Trump ocupava a Casa Branca. Na ocasião, Greta havia feito um discurso emocionado na cúpula do clima da ONU, em Nova York, acusando líderes mundiais de negligência diante da crise ambiental. Trump, na época, ironizou a jovem no X (antigo Twitter), dizendo que ela parecia “muito feliz, uma jovem com um futuro brilhante e maravilhoso pela frente”.
Agora, seis anos depois, o tom continua o mesmo — provocação de um lado e resposta afiada do outro. Trump, questionado por repórteres sobre o recente movimento “Flotilha Global Sumud”, que protesta contra a crise humanitária em Gaza, aproveitou o momento para cutucar Greta mais uma vez. “Ela tem um problema de controle da raiva. Acho que deveria procurar um médico. Para alguém tão jovem, ela está realmente furiosa”, afirmou o republicano.
O comentário, claro, gerou uma enxurrada de reações. Defensores de Greta lembraram que ela vem usando sua voz para denunciar questões urgentes, enquanto críticos apontaram que a ativista costuma adotar um tom mais duro em seus discursos. Nas redes, internautas dividiram-se entre quem achou a resposta dela genial e quem considerou a troca de farpas desnecessária — algo que, convenhamos, já virou quase tradição quando o assunto envolve Trump.
Greta, hoje com 22 anos, continua sendo uma das vozes mais influentes do ativismo climático global. Apesar das críticas (e do cansaço visível de lidar com políticos que tratam o tema como piada), ela mantém a firmeza e o senso de humor ácido. “Aparentemente, ele ainda está preocupado comigo depois de todos esses anos. Que fofo”, comentou uma seguidora, em tom de deboche, sob o post da sueca.
Vale lembrar que, recentemente, Thunberg participou de manifestações em Londres contra empresas petrolíferas e também se posicionou em apoio à causa palestina, o que tem gerado ainda mais visibilidade — e, claro, polêmica.
Já Trump, que tenta manter relevância política em meio à corrida eleitoral americana de 2025, parece continuar apostando em suas conhecidas provocações para dominar os noticiários. E, se tem uma coisa que ele sabe fazer, é justamente isso: transformar qualquer assunto em manchete.
No fim das contas, o embate entre os dois é quase simbólico: de um lado, a geração que exige mudanças urgentes; do outro, um político que representa a velha guarda e suas resistências. Greta segue com sua militância, e Trump com suas ironias — e o mundo, como sempre, assistindo a tudo com a pipoca na mão, entre memes, risadas e indignações.
