Quem era mulher que faleceu após desabamento em restaurante de SP

A tarde de quarta-feira (8) terminou em tragédia no bairro do Bixiga, no centro de São Paulo. A cozinheira Suênia Maria Tomé Bezerra, de 51 anos, acabou perdendo a vida depois que o mezanino do restaurante Jamile desabou. O acidente aconteceu por volta das 12h30, bem no horário em que a equipe se preparava pra abrir o local aos clientes.

Suênia, que era natural de Monteiro, na Paraíba, trabalhava no restaurante há algum tempo e era muito querida pelos colegas. Nas redes sociais, amigos e conhecidos publicaram homenagens emocionadas. “É com profundo pesar que anunciamos o falecimento de Suênia. Que Jesus conforte nossos corações diante desta perda irreparável. Seu sorriso ficará marcado em nossas lembranças”, dizia uma das mensagens que se espalhou pelo Facebook.

Segundo informações do Corpo de Bombeiros, a cozinheira ficou presa entre os escombros. Ela chegou a receber atendimento médico ali mesmo, mas não resistiu aos ferimentos. Outras cinco pessoas também ficaram feridas, foram socorridas e encaminhadas para hospitais da região. Os bombeiros disseram que o resgate foi complicado, já que o local estava cheio de destroços e com risco de novos desabamentos.

O restaurante Jamile, localizado na Rua Treze de Maio, é conhecido por ter o cardápio assinado pelo chef Henrique Fogaça, um dos jurados do programa MasterChef Brasil. O espaço é dividido em três andares e o mezanino ficava entre o pátio principal e o primeiro andar. No momento do acidente, o restaurante ainda estava fechado ao público — apenas funcionários estavam presentes, o que provavelmente evitou uma tragédia ainda maior.

Logo após o incidente, surgiram boatos de que o desabamento teria sido provocado por uma explosão de gás. Essa hipótese, no entanto, foi descartada rapidamente. Os bombeiros afirmaram que nenhum funcionário ouviu ou sentiu explosão, e a empresa Comgás também negou qualquer vazamento. Em nota, a concessionária disse que mandou equipes ao local por precaução, mas que “até o momento, não existe correlação do gás com o incidente”. A companhia lamentou o ocorrido e afirmou estar à disposição das autoridades.

De acordo com a Prefeitura de São Paulo, o restaurante possuía todos os documentos em dia: alvará de funcionamento emitido em 2022, licença sanitária e o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) válidos. Mesmo assim, a Defesa Civil decidiu interditar o imóvel por segurança, já que a estrutura corre risco de colapso. As construções vizinhas, felizmente, não foram afetadas.

O trabalho de resgate se estendeu até por volta das 15h50, quase cinco horas depois do início da ocorrência. Cerca de 40 bombeiros e dez viaturas participaram da operação. As imagens do local mostram um cenário de destruição: vigas caídas, mesas retorcidas e destroços por todos os lados.

Em nota publicada nas redes sociais, o restaurante Jamile lamentou profundamente o ocorrido e afirmou estar colaborando com as autoridades. “Expressamos nossa solidariedade e profundo respeito aos nossos colaboradores e seus familiares. Estamos inteiramente comprometidos em oferecer todo o suporte necessário neste momento, prestando assistência e acolhimento a todos os envolvidos”, dizia o comunicado. A publicação terminou com um agradecimento: “A família Jamile se une em força e cuidado, com gratidão a todos que têm manifestado apoio e compreensão.”

Agora, o caso está sob investigação da Polícia Civil e de peritos da Defesa Civil. Só depois dos laudos técnicos será possível saber o que realmente causou o desabamento. Enquanto isso, amigos e familiares de Suênia tentam lidar com a dor. “Ela era uma mulher trabalhadora, sorridente, sempre disposta a ajudar”, contou um colega de cozinha em entrevista rápida à imprensa.

Mais uma vez, uma tragédia que mistura descuido, destino e dor se repete no coração da cidade.



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