Debora Bloch opina sobre fim de Odete Roitman: “Condenada e sem anistia”

A Polêmica Morte de Odete Roitman: Reflexões e Mudanças na Opinião do Público

Debora Bloch, a talentosa atriz de 62 anos, recentemente compartilhou suas impressões sobre o destino de Odete Roitman, uma das vilãs mais icônicas da teledramaturgia brasileira, que deixou sua marca no remake de “Vale Tudo”. Essa trama, que conquistou corações e gerou discussões acaloradas, reviveu a cena da morte da vilã que, no original de 1988, foi exibida na noite de Natal. Um momento que, segundo Pedro Bial, pode ser descrito como uma verdadeira “noite feliz, e tiros, que loucura”.

A Expectativa do Público na Época

Quando a cena foi ao ar pela primeira vez, o público estava ansioso pela morte de Odete, desejando ver a vilã finalmente recebendo o que merecia. No entanto, a visão do público parece ter mudado ao longo dos anos. Atualmente, Debora Bloch comenta que muitas pessoas acreditam que a vilã não deveria ter um fim trágico, mas sim ser punida de alguma forma. “A pesquisa revela que apenas 4% dos telespectadores desejam sua morte atualmente, uma mudança drástica em comparação com os 47% que queriam vê-la morrer na época”, explica a atriz.

A Justiça e a Moralidade na Ficção

Essa mudança de opinião levanta questões intrigantes sobre moralidade e justiça. Bloch menciona um ponto interessante: as pessoas desejam que Odete seja punida, mas não necessariamente morta. “Para usar uma palavra que ela mesma diria, achei isso mais civilizado”, reflete a atriz. Essa transformação no pensamento do público pode ser vista como um reflexo das mudanças sociais e culturais que ocorreram ao longo das décadas. Hoje em dia, muitos parecem acreditar que a justiça deve ser feita de forma mais humanitária, mesmo em um mundo ficcional.

Reflexões sobre a Punição e a Justiça

A atriz recorda de uma entrevista de Beatriz Segall, que interpretou a primeira Odete Roitman. Segall falava sobre a ideia de que desejar a morte de uma personagem é, em certo sentido, aceitar uma forma de “pena de morte”. Bloch concorda com essa visão, defendendo que a justiça não pode ser feita com as próprias mãos. “Na vida real, a Odete deveria ser julgada, condenada e punida, sem brechas legais ou anistias. Porém, no contexto de nossa novela, a necessidade de uma catarse acaba levando à morte do vilão”, argumenta.

O Desenvolvimento da Personagem

Sobre a nova versão da vilã, criada por Manuela Dias, Bloch comenta que a personagem foi além de suas características ambiciosas e egoístas. Ela também se tornou uma assassina, responsável por várias mortes na trama, incluindo as de Ana Clara, Mário Sérgio e outros personagens. Essa evolução da personagem, com a adição de elementos mais sombrios, trouxe uma nova camada à narrativa e fez com que o público se questionasse sobre a natureza do mal e as consequências de suas ações.

O Futuro de “Vale Tudo” e a Chegada de “Três Graças”

Com o final de “Vale Tudo” se aproximando, programado para o dia 17 de outubro, a expectativa é alta para o que virá a seguir. O folhetim será substituído por “Três Graças”, do renomado autor Aguinaldo Silva. Essa transição promete trazer novas histórias e personagens, mas as discussões sobre Odete Roitman e a moralidade nas novelas certamente continuarão a ressoar entre os telespectadores.

Conclusão

Em suma, a trajetória de Odete Roitman é mais do que a história de uma vilã; é um reflexo das mudanças nas percepções sociais e morais ao longo do tempo. A forma como o público lida com a justiça e a punição em narrativas ficcionais fala muito sobre a sociedade em que vivemos. E, enquanto “Vale Tudo” se despede, fica a pergunta: o que a próxima novela nos ensinará sobre justiça e moralidade?

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