Tragédia em Guarujá: Bebê de um Ano Morre Após Alta Hospitalar Sem Exames
Um caso profundamente triste ocorreu em Guarujá, no litoral paulista, envolvendo a morte de um bebê de apenas um ano, chamado Yohan Gustavo. O pequeno faleceu 26 horas após receber alta de um pronto-socorro, sem que tivesse passado por exames necessários para diagnosticar sua condição. A mãe da criança, Alenne Nayjara da Silva, classificou o ocorrido como uma clara negligência médica e agora o caso está sob investigação.
O que Aconteceu?
Yohan foi levado ao Pronto-Socorro de Vicente de Carvalho na noite do dia 6 de outubro. Segundo relatos da mãe, a criança apresentava sintomas alarmantes, como vômitos persistentes, ausência de evacuação e dores abdominais intensas. Em suas publicações nas redes sociais, Alenne descreve um cenário angustiante: “Ele chorava, se encolhia, e nem deixava a gente tocar nele de tanta dor”. Apesar de todos esses sinais preocupantes, o médico que atendeu Yohan não solicitou exames, apenas examinou seu abdômen e diagnosticou que se tratava de ‘gases presos’.
A Alta Prematura e as Consequências
Após a consulta, o médico prescreveu uma série de medicamentos, incluindo uma vitamina para anemia, e a família foi liberada para voltar para casa, acreditando que tudo estava sob controle. Alenne e seu marido deixaram o hospital por volta da meia-noite, confiantes nas orientações do profissional. No entanto, na madrugada do dia 8, Yohan acordou em um estado crítico, e sem saber que estava tendo uma convulsão, os pais correram para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Rodoviária. Os médicos da UPA fizeram o possível, mas, infelizmente, não conseguiram salvar o menino.
Negligência e a Busca por Justiça
O novo médico que atendeu Yohan na UPA ficou chocado ao descobrir que nenhum exame havia sido realizado no pronto-socorro. Ele se deparou com uma situação alarmante, considerando a quantidade excessiva de remédios que o outro médico havia prescrito. O laudo final apontou como causas da morte insuficiência respiratória aguda, abdômen agudo obstrutivo e intussuscepção intestinal. Alenne lamentou a perda do filho, afirmando: “Uma obstrução intestinal que poderia ter sido descoberta com um simples raio-x. Hoje, vivemos com um vazio que não tem fim”.
A Resposta das Autoridades
A Prefeitura de Guarujá se manifestou sobre o caso, informando que iniciou uma sindicância para investigar o ocorrido. Além disso, a Organização Social IBJ, responsável pelo pronto-socorro, afastou o médico envolvido até que a situação seja esclarecida. A administração municipal também expressou solidariedade à família, oferecendo apoio e assistência no que for necessário.
Reflexões Finais
Esse triste incidente levanta questões importantes sobre a responsabilidade dos profissionais de saúde e a necessidade de cuidados adequados em situações de emergência. Para Alenne, nenhum pai ou mãe deveria ter que passar pela dor de perder um filho devido a negligência de quem deveria cuidar dele. Ela enfatizou que a luta por justiça é fundamental, não apenas para Yohan, mas para todas as crianças que ainda podem ser salvas. “Que o nome do Yohan ecoe como um pedido de mudança, e que a justiça seja feita por ele e por todos os bebês que ainda podem ser salvos”, concluiu.
É essencial que situações como essa não se repitam e que os profissionais da saúde sejam sempre cautelosos e diligentes em seus atendimentos. A vida das crianças deve ser sempre uma prioridade.