Doença dolorosa e contagiosa afeta Marcelo Faria e ator se manifesta

O ator Marcelo Faria contou recentemente que foi diagnosticado com herpes-zóster há cerca de três anos e que a experiência, vivida durante uma viagem à Europa ao lado da esposa, foi uma das mais difíceis da sua vida. Segundo ele, os sintomas começaram de forma leve, mas logo se tornaram insuportáveis. “Foi horrível, uma dor absurda, eu mal conseguia dormir”, revelou.

Marcelo relatou que chegou a passar noites em claro, com dores que pareciam não ter fim. “Você tenta descansar, mas o corpo não deixa. Era uma mistura de ardência e formigamento que não dava trégua”, contou o ator, que decidiu tornar público o caso para alertar outras pessoas. Ele disse que só depois de enfrentar a doença percebeu o quanto é importante falar sobre ela e buscar a prevenção.

Durante o tratamento, precisou mudar toda a rotina. Evitava banho quente, se afastou de gravações e passou a cuidar melhor da alimentação e do descanso. “Demorou pra eu entender que precisava desacelerar. Hoje, vacinado, ainda lembro da dor e de como mexeu comigo emocionalmente. É uma doença que não desejo pra ninguém”, desabafou.

O artista explicou que o episódio o marcou não só fisicamente, mas também emocionalmente. Segundo ele, o herpes-zóster o fez repensar a própria saúde e os sinais que o corpo dá. “A gente acha que tá tudo bem até o corpo gritar. Foi um susto daqueles”, comentou, lembrando que, na época, tinha acabado de completar 50 anos e estava em plena atividade profissional.

O que é o herpes-zóster

O herpes-zóster é causado pelo mesmo vírus da catapora (varicela-zóster), que pode permanecer “adormecido” no corpo por anos e se reativar quando o sistema imunológico está enfraquecido. A doença costuma provocar erupções doloridas na pele, geralmente em uma parte do corpo, e pode deixar sequelas como dores crônicas que duram meses ou até anos.

De acordo com dados do SUS, entre 2008 e 2024 foram contabilizados mais de 85 mil atendimentos e 30 mil internações por causa da doença. O número é alto e preocupa especialistas, principalmente porque a maioria dos casos ocorre em pessoas com mais de 50 anos.

Marcelo afirmou que só descobriu o quanto o problema é comum depois de passar por ele. “Quando contei pra amigos, vários disseram que já tinham tido ou conheciam alguém que passou por isso. É muito mais frequente do que a gente imagina”, destacou.

Vacinação e conscientização

Hoje, o ator é um dos nomes que apoiam a inclusão da vacina contra o herpes-zóster no SUS. A proposta, que está sendo analisada pelo Ministério da Saúde, prevê a imunização gratuita para pessoas com mais de 80 anos e também para pacientes imunossuprimidos — grupo que corre maior risco de complicações.

Marcelo defende que a informação e a prevenção são as melhores armas. “Se eu tivesse tomado a vacina antes, talvez não tivesse passado por tudo isso. É uma dor que vai muito além do físico. Muita gente subestima o vírus, mas ele pode derrubar mesmo quem se considera saudável”, afirmou.

O ator ainda aproveitou para mandar um recado aos fãs e seguidores nas redes sociais: “Não deixem pra depois. Procurem um médico, se informem sobre a vacina. Cuidar da saúde não é frescura, é necessidade.”

Hoje, recuperado e vacinado, Marcelo leva o episódio como um aprendizado. “A gente aprende na marra, né? Depois dessa, passei a dar muito mais valor às pequenas coisas, ao descanso, à alimentação e, principalmente, à prevenção.”

Mesmo com algumas marcas físicas que ficaram da doença, o ator garante que o mais importante é estar bem e poder contar sua história. “Serviu de alerta pra mim e espero que sirva pra outros também. Saúde não tem preço.”