Natasha Dantas resolveu dividir com o público um momento que, pra ela, foi bem especial: a despedida do marido, William Bonner, indo apresentar sua última edição do Jornal Nacional, na noite desta sexta-feira (31). Ela gravou o jornalista saindo de casa, com aquele clima de emoção no ar, e postou o vídeo nas redes sociais. “Vai ser lindo. Vai ser especial. Te amo”, escreveu na legenda, mostrando o carinho e o orgulho que sente por ele.
Depois de 28 anos comandando o principal telejornal do país, Bonner se despede do JN e passa o bastão para César Tralli, que estreia na bancada na próxima segunda-feira (3), ao lado de Renata Vasconcellos. A Globo promete que essa nova fase trará um toque de renovação, mas sem perder a essência do noticiário que há décadas informa milhões de brasileiros.
Uma despedida com emoção e história
A edição de despedida de Bonner será transmitida ao vivo, a partir das 20h30, logo depois da novela Dona de Mim. Segundo informações da própria Globo, a emissora preparou uma homenagem especial — com retrospectivas, vídeos inéditos e depoimentos de colegas que acompanharam o jornalista ao longo dos anos. Deve rolar até algumas surpresas emocionantes, como lembranças de coberturas marcantes e bastidores de momentos históricos, tipo as eleições, tragédias nacionais e transmissões especiais.
Bonner, que entrou na Globo ainda nos anos 1980, deixa o JN como um dos comunicadores mais respeitados do país. Sua postura séria, o jeito meticuloso de conduzir as notícias e até o tom de voz se tornaram referência — e motivo de memes também, porque ninguém escapa da internet.
Um novo começo no Globo Repórter
Mas engana-se quem pensa que essa é uma despedida definitiva. O próprio William Bonner já confirmou que vai continuar na emissora, só que em outro formato. “Vou me mudar também pro Globo Repórter, mas só a partir da temporada do ano que vem. De todos os programas de jornalismo que já existiam na Globo no século passado, em 1986, o Globo Repórter é onde nunca trabalhei”, contou recentemente.
Ou seja, ele vai trocar o terno da bancada pelas aventuras do jornalismo investigativo — e, provavelmente, por algumas viagens mundo afora. É um novo desafio pra quem passou quase três décadas sentado no mesmo estúdio, lendo as principais notícias do Brasil e do mundo.
O fim de um ciclo, o início de outro
A saída de Bonner marca o encerramento de um dos ciclos mais longos da TV brasileira. Foram quase 30 anos de Jornal Nacional, uma era em que ele virou sinônimo de credibilidade e estabilidade num país onde tudo muda muito rápido. Muita gente cresceu assistindo ao Bonner, e pra muitos, ele era tipo aquele parente que aparece todo dia às oito e meia da noite.
Agora, com Tralli chegando, começa uma nova fase — e é natural que venha com seu próprio estilo. A emissora tem apostado em um jornalismo mais próximo, com linguagem menos engessada, e talvez isso reflita no JN daqui pra frente.
Nas redes, a despedida já está repercutindo bastante. Tem quem esteja nostálgico, quem agradeça pelos anos de jornalismo sério, e até quem brinque dizendo que vai sentir falta de ouvir o clássico “Boa noite” do Bonner.
No fim das contas, é o fechamento de um capítulo importante não só pra ele, mas pra toda uma geração que aprendeu a confiar naquela figura que, de segunda a sábado, abria e fechava o dia com as principais notícias do país. E, como Natasha escreveu, parece mesmo que vai ser lindo — e especial.