O caso envolvendo Felipe Poeta, de apenas 23 anos, pegou muita gente de surpresa e deixou um clima de apreensão entre fãs e colegas da mãe dele, a apresentadora Patrícia Poeta, que tem acompanhado tudo de perto. O jovem ficou sete semanas internado depois de uma infecção séria no joelho — e não foi uma coisinha boba, daquelas que resolvem com antibiótico simples. Ele precisou passar por cirurgia em um hospital particular no Rio e só ganhou alta nesta sexta-feira, 14, depois de um período que, segundo pessoas próximas, foi de bastante tensão.
O público só ficou sabendo da história porque a própria Patrícia acabou deixando escapar um desabafo no Encontro. Ela comentou sobre um “momento difícil” com o filho, mas preferiu não abrir demais ali ao vivo, até pra não preocupar mais do que já estava. Só depois, com a melhora dele, é que a situação ficou mais clara.
A CARAS Brasil conversou com o ortopedista Dr. Mateus Jerônimo, especialista em articulação do quadril, que explicou que o problema enfrentado por Felipe é, na verdade, algo bem mais grave do que parece — e até pouco comentado. Ele chama-se artrite séptica, que nada mais é do que uma infecção dentro de uma articulação.
Segundo o médico, esse tipo de infecção é sempre uma urgência. Não é exagero. “No joelho, pode comprometer a mobilidade, exigir cirurgias repetidas e trazer riscos importantes quando não tratada rapidamente. A bactéria pode destruir a cartilagem em questão de dias e, nos casos mais sérios, chegar ao osso e até colocar a vida do paciente em risco”, explicou, reforçando que não é um problema restrito a idosos ou pessoas com imunidade baixa.
Na verdade, de acordo com ele, qualquer pessoa pode enfrentar algo assim — atletas, adolescentes, gente saudável. Só precisa que uma bactéria encontre caminho para a articulação. E isso pode acontecer de diferentes formas:
– Após algum trauma, mesmo daqueles que a pessoa nem dá importância na hora.
– Como complicação de cirurgias, inclusive as mais simples ou minimamente invasivas.
– Depois de infiltrações ou injeções, quando a articulação é manipulada.
– A partir de infecções em outros cantos do corpo, que acabam chegando ao joelho pela corrente sanguínea.
– Ou até mesmo sem um motivo tão óbvio, quando há queda de imunidade ou alguma colonização bacteriana silenciosa.
No caso de Felipe, segundo o especialista, a gravidade se explica porque a articulação é um ambiente fechado, sensível, quase “delicado demais”. Uma vez que a bactéria entra, o estrago pode acontecer rápido. Dr. Mateus cita possíveis consequências: destruição da cartilagem, osteomielite (infecção no osso), artrofibrose (uma rigidez forte que praticamente trava o joelho), dor intensa e limitação total dos movimentos. Se nada disso for controlado a tempo, há ainda o maior temor dos médicos: a sepse, uma infecção generalizada que pode ser fatal.
“Por isso, qualquer suspeita precisa ser avaliada com urgência”, lembrou ele. A fala coincide com o alerta que muitos profissionais têm repetido hoje em dia, principalmente depois da pandemia, quando muita gente ficou mais relaxada sobre sintomas considerados “simples”.
Com a alta médica, Felipe deve seguir agora um processo de recuperação — que geralmente inclui fisioterapia, medicamento e acompanhamento frequente — até voltar totalmente à rotina. Pessoas próximas dizem que ele está bem e aliviado, mas ainda se recuperando do susto, o que é mais do que compreensível.
Para Patrícia Poeta, que continuou trabalhando enquanto lidava com tudo isso nos bastidores, o alívio é enorme. A apresentadora, que já enfrentou outras situações difíceis na vida pessoal, agora respira fundo e agradece a melhora do filho. E, pelo jeito, o susto serviu para lembrar todo mundo de uma coisa: dor no joelho não é sempre só dor no joelho. Às vezes, tem algo mais sério ali — e procurar ajuda cedo pode ser o que faz toda a diferença.