Sandrão entrega cena de ‘Tremembé’ que piorou seu caso: ‘Não consigo sair na rua’

A repercussão da série Tremembé, nova queridinha (e também pedra no sapato) do Prime Video, continua dando dor de cabeça para Sandra Regina Ruiz Gomes — a famosa Sandrão. Depois que a produção caiu no gosto do público e começou a rodar pelas redes, ela decidiu que não vai deixar a história correr solta. Em entrevista exibida no último Domingo Espetacular, Sandra afirmou que está pronta para entrar na Justiça, porque, segundo ela, a série mexe demais em episódios reais da sua vida, coloca coisas que “nunca na vida” aconteceram e ainda cria uma espécie de risco legal que não constava nem de longe na sua condenação original.

Um dos pontos que mais causou revolta, tanto pra ela quanto pra defesa, é uma cena que, digamos, pegou mal demais. Na trama, a personagem interpretada por Letícia Rodrigues entrega a arma do crime para um adolescente. Os advogados fizeram questão de frisar que essa sequência passa de qualquer limite — até porque não existe em lugar nenhum, nem em documento, nem em depoimento, nem em folha de processo. Nada, zero.

Durante a conversa com Roberto Cabrini, o representante jurídico reforçou isso quase que martelando: “Ela foi condenada pelas ligações feitas durante o sequestro, e nada além disso. A série cria um fato novo, que teria agravado a pena”. E essa fala ecoou bastante, ainda mais porque o público anda discutindo muito sobre ficção x realidade depois de outras produções recentes — como aquela onda de séries true crime que pipocou no streaming este ano, tipo o caso Richthofen voltando a viralizar no TikTok como se fosse assunto novo.

A produção do Prime também mergulha na convivência de Sandra dentro da penitenciária de Tremembé, local que já virou quase cenário fixo de curiosidade pública. Lá, ela dividiu espaço com nomes que todo mundo conhece, como Suzane von Richthofen e Elize Matsunaga, e teria vivido relacionamentos amorosos com ambas. Esse detalhe, que parece sempre virar chamariz de audiência, acabou sendo tratado pela série de um jeito meio dramatizado, segundo Sandra. Ela até comenta, em off, que o povo adora uma novela — “e quando mistura cadeia, aí pronto, vira circo”.

Hoje cumprindo pena em regime aberto, com previsão de término para janeiro de 2028, Sandrão diz que sua vida virou do avesso desde que a série estreou. Ela fala disso com um misto de frustração e cansaço, como alguém que já tá levando pedrada demais por uma história que não reconhece como sua. “Pegaram minha história e transformaram do jeito deles. Agora não consigo andar na rua sem ser hostilizada”, desabafou. E dá pra imaginar: com a internet do jeito que tá, basta uma cena viralizar no Reels ou no X pra pessoa virar alvo de julgamento instantâneo, meme, apelido, e por aí vai.

Sandra afirma que nunca teve medo de falar do passado, mas que tem receio do que as pessoas acreditam sem conferir. “Ficção é ficção, né? Só que quando botam meu nome, minha cara, parece que vira verdade”, disse. Ela também comenta que já recebeu mensagens agressivas e que até os vizinhos começaram a olhar torto, como se de repente ela tivesse cometido crimes que não constam nem na ficha policial. “Eu sei o que fiz, o que não fiz e pelo que paguei”, completou.

A Justiça deve ser acionada oficialmente nos próximos dias, segundo os advogados. Eles querem que a plataforma revise trechos, faça retratações e, se possível, coloque avisos mais claros sobre dramatizações — como já acontece em produções recentes após polêmicas semelhantes. Enquanto isso, Sandrão tenta levar a vida, indo e vindo discretamente, esperando que a poeira abaixe. Mas, do jeito que a cultura de streaming funciona hoje, com todo episódio virando teoria no Reddit, parece que essa história ainda vai render bastante conversa.



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