Carlos quebra protocolo e entrega estado de saúde de Bolsonaro: “Vomita constantemente”

Nos últimos dias, as redes sociais ficaram agitadas depois que o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) resolveu abrir o jogo sobre o estado de saúde do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro. A publicação, feita nesta sexta-feira (21), trouxe um clima de preocupação que rapidamente se espalhou entre apoiadores e até mesmo entre quem não acompanha tão de perto a rotina do ex-chefe do Executivo. Carlos escreveu um texto relativamente curto, mas carregado de tensão, explicando que Bolsonaro tem enfrentado episódios constantes de soluços e, pior ainda, crises de vômitos que não dão trégua.

Ele relatou, de maneira bastante emocional, que nunca tinha visto o pai tão fragilizado. Segundo suas palavras, Bolsonaro chega a soluçar enquanto dorme, o que, na visão do vereador, representa um risco sério. Carlos mencionou o medo de que, nesse estado, o refluxo possa provocar algo mais grave, até fatal, especialmente se houver broncoaspiração — quando o vômito acaba indo para o pulmão, causando complicações respiratórias importantes. “Se acordado, vomita constantemente; dormindo, fico com calafrios só de olhar”, disse o parlamentar. A frase, que viralizou rapidamente, mostra o nível de aflição que ele está vivendo.

Embora Carlos Bolsonaro tenha tentado explicar o que está acontecendo, ele também fez questão de afirmar que não pode expor todos os detalhes, sugerindo que há informações médicas que, por motivos legais ou pessoais, não podem ser divulgadas. Ainda assim, o pouco que foi dito já acendeu um alerta geral. Não é de hoje que Bolsonaro enfrenta problemas gástricos — desde 2018, depois da facada em Juiz de Fora, várias internações foram associadas a dores abdominais, obstruções e crises de refluxo. Mas o relato atual parece ter mexido mais fundo com quem acompanha sua trajetória.

A situação se torna ainda mais delicada porque Bolsonaro está cumprindo prisão domiciliar desde 4 de agosto. A medida foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, sob a alegação de que o ex-presidente teria descumprido condições impostas anteriormente, incluindo a proibição de participar — mesmo que por telefone — de manifestações políticas. Segundo a decisão, ele teria se envolvido por ligação em um ato realizado no dia 3 de agosto, o que motivou a nova ordem judicial.

Essa combinação de saúde frágil, pressão judicial e isolamento tem criado um ambiente de tensão que se reflete diariamente na mídia e nas redes. Há quem diga que o estado psicológico de Bolsonaro também estaria abalado, algo que, por mais especulativo que seja, sempre aparece quando um líder político passa por um momento de desgaste. No caso dele, que sempre adotou uma postura de força e resistência, ver relatos tão pessoais vindos do próprio filho acaba causando um choque extra.

Entre apoiadores, o clima é de vigília permanente. Muitos enviam mensagens, fazem correntes de oração e pedem que os problemas sejam resolvidos logo, tanto no campo jurídico quanto no médico. Já entre seus críticos, as reações têm sido mais cautelosas, com algumas pessoas lembrando que problemas de saúde não deveriam ser motivo para polarização — ainda que, inevitavelmente, tudo no Brasil de 2025 acabe ganhando algum tom político.

O fato é que, independentemente da posição ideológica, o relato de Carlos Bolsonaro adiciona mais um capítulo tenso ao ambiente já conturbado da política nacional. Resta esperar que novas informações sejam divulgadas e que, pelo menos, o quadro de saúde do ex-presidente se estabilize. Até lá, a sensação geral é de incerteza — aquela mesma que o país vem carregando desde os últimos anos, entre uma crise e outra, como se nunca desse tempo de respirar direito.



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