Michelle Bolsonaro é vítima de ‘fake news’ e faz forte desabafo: ‘Cuidado’

Nos últimos dias, uma cena envolvendo Michelle Bolsonaro acabou rodopiando pelas redes sociais e provocando aquele burburinho típico de começo de semana, quando o pessoal já chega no trabalho com o celular na mão e a timeline fervendo. Uma foto, supostamente mostrando a ex-primeira-dama segurando uma faixa pedindo a libertação de Jair Bolsonaro, viralizou como se fosse verdade absoluta. Mas, como muita coisa que anda circulando desde o auge de 2022, a imagem não passava de mais uma “pegadinha” digital — e dessa vez produzida com a ajudinha certeira da Inteligência Artificial.

A imagem começou a ganhar força principalmente no Facebook, onde acumulou mais de dez mil curtidas em poucas horas, como se fosse um grito de apoio vindo direto da Europa. Na foto, Michelle aparecia bem posicionada, com aquele semblante sério que o público já conhece, segurando uma faixa com os dizeres: “Libertem o nosso presidente Bolsonaro. Anistia já!”. A legenda que acompanhava o post ainda reforçava que ela estaria enviando um “recado direto”, como se estivesse participando de algum evento internacional ou de uma manifestação diplomática.

Mas, quando a história chegou aos ouvidos da equipe de Michelle, o balde de água fria veio rápido. A assessoria tratou de esclarecer o mal-entendido ao portal G1, reforçando que tudo aquilo não passava de uma montagem — e das bem feitas, diga-se de passagem. Eles explicaram que Michelle nem sequer saiu do Brasil recentemente, muito menos participou de qualquer cerimônia ou ato em países da União Europeia. “Totalmente falsa. Michelle não saiu do Brasil, nem participou de nenhum evento na UE. A última viagem internacional dela foi para a posse do Trump”, declarou a equipe, fazendo questão de cortar o boato pela raiz.

E olhando com atenção, o cenário da foto já dava aquela sensação de coisa errada. Ao fundo, dava para ver bandeiras de países europeus e um símbolo que lembrava bastante o brasão oficial da União Europeia. Só que nada batia: nem a agenda pública dela, nem registros de viagem, nada. A montagem usava justamente esse tipo de ambientação para parecer verossímil — truque bem comum nas manipulações feitas com IA nos últimos meses.

Aliás, vale comentar que 2024 e 2025 têm sido anos complicados quando o assunto é imagem adulterada. Desde deepfakes políticos que mexeram com prévias partidárias nos EUA até montagens que tentam influenciar investigações no Brasil, a tecnologia vem sendo usada tanto para entretenimento quanto para confundir o público. Não à toa, cada vez mais plataformas vêm adotando mecanismos de verificação mais rígidos.

E foi exatamente isso que aconteceu com essa foto de Michelle Bolsonaro. A imagem foi submetida ao SynthID Detector, uma ferramenta do Google que identifica se um conteúdo foi gerado ou alterado por inteligência artificial. A análise foi direta: “Feito com IA do Google – Synth ID identificado em todo ou parte do conteúdo carregado”. Ou seja, a foto tinha digitais tecnológicas por toda parte, mesmo que disfarçadas no primeiro olhar.

Esse tipo de episódio ajuda a mostrar como o ambiente digital está ficando mais delicado. A fronteira entre o real e o fabricado anda cada vez mais borrada, e isso vira combustível fácil para polarizações — especialmente quando envolve nomes como Michelle e Jair Bolsonaro, que sempre movimentam multidões online. É aquele prato cheio para debates inflamados, desinformação correndo solta e usuários compartilhando conteúdos sem checar nem por dois segundos se aquilo de fato aconteceu.

No fim das contas, esse caso serve como alerta. Se até figuras públicas, constantemente observadas, têm imagem manipulada com esse nível de detalhamento, imagine o restante da população. O recado é simples, mas parece que a gente vive esquecendo: antes de acreditar — e principalmente antes de compartilhar — vale respirar fundo, olhar direito e desconfiar do que aparece polido demais para ser verdade. Porque, como vimos mais uma vez, nem tudo que viraliza é real.

Confira:



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