EUA devem lançar nova fase de operações na Venezuela, diz Reuters

Novas Ações dos EUA em Relação à Venezuela: O Que Esperar?

Nos próximos dias, os Estados Unidos estão prestes a iniciar uma nova fase de operações que envolvem a Venezuela. Essa informação foi compartilhada por quatro autoridades americanas em uma conversa com a Reuters, mas muitos detalhes ainda permanecem envoltos em sigilo. Apesar da crescente tensão entre os dois países, o momento exato ou a extensão das operações ainda não foram claramente definidos.

Recentemente, as relações entre os EUA e a Venezuela se deterioraram ainda mais, especialmente com o envio de tropas americanas para a região do Caribe. Essa movimentação tem gerado diversos rumores sobre uma possível intervenção. De acordo com duas das fontes consultadas, é provável que as operações secretas sejam a parte inicial das ações planejadas contra o presidente Nicolás Maduro.

Operações Secretas e o Papel da CIA

As autoridades que comentaram sobre o assunto pediram anonimato, dada a delicadeza da situação. O Pentágono, ao ser questionado, direcionou as perguntas à Casa Branca, enquanto a CIA optou por não se manifestar. Um funcionário de alto escalão do governo, no último sábado, não descartou nenhuma possibilidade em relação à Venezuela. Essa afirmação levanta mais dúvidas e expectativas sobre o que pode acontecer nos próximos dias.

A fonte anônima destacou que o presidente Trump está preparado para usar todos os recursos disponíveis dos EUA para combater o que ele vê como uma inundação de drogas ilegais em seu país. O governo americano acredita que Maduro está diretamente envolvido no tráfico de drogas, uma acusação que o presidente venezuelano nega veementemente.

Possibilidade de Derrubada de Maduro

Entre as opções sendo discutidas pelos líderes americanos, está a possibilidade de tentar derrubar o governo de Maduro, que já está no poder desde 2013. Maduro alega que as ações dos Estados Unidos são uma tentativa de desestabilizar seu governo e controlar os ricos recursos petrolíferos da Venezuela. Desde que as tensões aumentaram, a presença militar dos EUA no Caribe tem se intensificado, com operações secretas da CIA já autorizadas.

Além disso, a Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) emitiu um alerta para as companhias aéreas, indicando uma “situação potencialmente perigosa” sobrevoando a Venezuela, o que levou três companhias internacionais a cancelarem voos para o país. Isso demonstra como o clima de incerteza está afetando até mesmo a aviação comercial.

Designação de Terrorismo e Recompensas

Um ponto importante nesse cenário é que os Estados Unidos planejam designar o Cartel de los Soles como uma organização terrorista estrangeira. Essa designação está prevista para ser anunciada na próxima segunda-feira, e as autoridades acreditam que isso abrirá novas possibilidades de ação contra Maduro e seus aliados. Em agosto, Washington aumentou a recompensa por informações que levem à prisão de Maduro para US$ 50 milhões, uma demonstração do empenho do governo americano em tentar capturá-lo.

Possibilidade de Diálogo

Apesar de todo esse cenário tenso, Maduro se mostrou aberto ao diálogo. Ele afirmou que prefere resolver as diferenças entre os dois países de maneira diplomática e está disposto a manter conversas com qualquer interessado. Recentemente, surgiram relatos de que houve conversas entre oficiais de Caracas e Washington, mas não está claro se isso impactará o cronograma das operações americanas.

Mobilização Militar

O porta-aviões Gerald R. Ford, o maior da Marinha dos EUA, chegou ao Caribe no dia 16 de novembro, trazendo consigo um grupo de ataque que inclui pelo menos sete outros navios de guerra e um submarino nuclear. As forças americanas na região têm se concentrado em operações de combate ao narcotráfico, embora o poderio militar exibido sugira uma capacidade muito além do necessário para essas ações específicas.

Desde setembro, os EUA realizaram pelo menos 21 ataques contra embarcações suspeitas de tráfico, resultando na morte de muitas pessoas, principalmente no Caribe. No entanto, essas ações têm sido criticadas por organizações de direitos humanos, que as chamam de execuções extrajudiciais, levantando preocupações sobre possíveis violações do direito internacional.

Conclusão

O futuro das relações entre os Estados Unidos e a Venezuela é incerto, com uma combinação de ameaças e tentativas de diálogo. O que está claro é que tanto os EUA quanto a Venezuela estão se preparando para um confronto que pode ter repercussões significativas para toda a região. À medida que os eventos se desenrolam, a comunidade internacional observa atentamente, preocupada com as possíveis implicações de um conflito aberto.



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