Flávio Bolsonaro detona Lula e faz grave acusação contra o presidente: “Acha que engana”

Em uma crítica publicada na rede social X nesta segunda-feira (1º), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) voltou a mirar o governo Lula após o anúncio da nova faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. A proposta, divulgada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como uma forma de aliviar o bolso do trabalhador, acabou virando munição política. Flávio afirmou que, apesar do discurso de alívio tributário, o governo estaria apenas maquiando uma realidade de aumento constante de impostos.

O senador, que já vem adotando um tom mais inflamado nas redes — especialmente em um período em que Brasília anda fervendo por causa das discussões do Orçamento e das tensões entre governo e oposição — disse que Lula age de forma contraditória. Segundo ele, o Planalto tenta passar uma imagem de benevolência, quando, na prática, estaria implementando medidas que apertam ainda mais quem paga as contas.

Flávio escreveu que o governo “dá com uma mão e tira com a outra”, numa crítica direta ao que ele chama de estratégia populista. Para o parlamentar, a isenção anunciada seria apenas uma “cortina de fumaça”, enquanto, por trás dos bastidores, novos tributos surgiriam quase como boletos surpresas no fim do mês.

“Lula dá com uma mão e tira com a outra. Enquanto vai para a TV anunciar redução de imposto de renda, arrocha o contribuinte por outros meios”, afirmou. Ele ainda completou dizendo que, desde o começo da atual gestão, haveria um “imposto novo ou medidas que aumentam a carga tributária a cada 30 dias”. A frase acabou repercutindo entre apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que rapidamente transformaram a crítica em hashtags no X — algo que virou rotina no debate público online desde 2020, quando o clima político no país ficou ainda mais polarizado.

Para contextualizar, essa discussão sobre impostos não é exatamente nova. Nas últimas semanas, o tema voltou aos destaques após o debate sobre a taxação das compras internacionais abaixo de US$ 50, o famoso “fim do imposto zero do AliExpress”, que virou meme, treta e até argumento de influencer no TikTok. O governo tenta justificar tais medidas dizendo que são ajustes necessários para equilibrar as contas públicas, especialmente após um ano em que a arrecadação veio abaixo do esperado.

Flávio Bolsonaro, porém, afirma que essa narrativa é enganosa. Ele diz que o cidadão comum, aquele que já se vê com dificuldade para pagar aluguel, mercado e gasolina — que por sinal voltou a subir neste mês — estaria sendo penalizado silenciosamente enquanto o governo tenta vender a ideia de generosidade fiscal.

O senador ainda utilizou um tom quase de alerta: “Não se engane. Lula não é bonzinho. E a mão dele está sempre tentando tirar algo do seu bolso enquanto você olha para o outro lado”. A frase, que parece saída de um panfleto político, acabou viralizando, com direito a debates acalorados entre perfis de direita e esquerda, alguns acusando Flávio de exagero, outros dizendo que ele apenas verbaliza o que muitos sentem.

Nos bastidores do Congresso, a fala repercutiu como parte natural do jogo político. Com as eleições municipais de 2024 ainda ecoando e o clima de 2026 já sendo ensaiado, qualquer medida econômica vira arma, munição ou escudo, dependendo de quem fala e de quem escuta. A discussão sobre tributos, que deveria ser técnica, vira uma batalha emocional que mobiliza torcidas.

No fim das contas, a disputa entre governo e oposição sobre quem realmente alivia ou pesa no bolso do brasileiro continua como uma novela sem capítulos finais. E, como sempre, quem está no meio disso tudo — o contribuinte — segue tentando entender se está ganhando algum fôlego ou apenas respirando com ajuda de aparelhos.



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