Polícia prende homem por ataques em série contra mulheres no DF

Homem é preso por crimes horríveis contra mulheres em Brazlândia

Nesta sexta-feira, dia 5, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) realizou a prisão preventiva de um homem, identificado como José Neyton Gomes Melo, de 54 anos, acusado de ter cometido uma série de crimes contra mulheres na região de Brazlândia. A operação, que foi coordenada pela 18ª Delegacia de Polícia, revelou um histórico alarmante de violência física, sexual, psicológica e patrimonial. A situação é tão séria que a polícia acredita que o número de vítimas pode ser maior do que as três já identificadas.

Um padrão de violência

A investigação apontou que o suspeito apresentava um modus operandi que pode ser descrito como serial e predatório. Ele se aproximava das vítimas, geralmente mulheres adultas e financeiramente independentes, em momentos de vulnerabilidade emocional. Essas relações eram inicialmente marcadas por um afeto que se mostrava falso, juntamente com promessas de estabilidade e amor. Uma vez que conquistava a confiança, ele iniciava um processo de exploração financeira, que incluía empréstimos em nome das vítimas e até financiamento de bens que nunca existiram.

Um dos casos mais chocantes revela que uma das mulheres perdeu cerca de R$ 200 mil sob a desculpa de adquirir uma propriedade rural que nunca existiu. A manipulação era tão intensa que as vítimas frequentemente se viam completamente dependentes dele, sendo privadas de suas próprias finanças e, em muitos casos, da sua liberdade.

Violência e intimidação

Além da exploração financeira, as vítimas também relataram episódios de violência física e sexual. O suspeito teria utilizado substâncias como Clonazepam para dopar as mulheres durante as relações sexuais, filmando e fotografando esses momentos de forma a expor as vítimas a terceiros como uma forma de autopromoção. Um relato ainda mais alarmante menciona que uma das vítimas precisou de cirurgia devido a lesões físicas decorrentes da violência.

Assédio e controle

As vítimas não apenas sofreram com abusos diretos, mas também enfrentaram um intenso controle e vigilância. Elas relataram serem seguidas constantemente, com o homem fazendo campanas em frente às suas casas e monitorando suas rotinas diárias. Esse tipo de comportamento intimidatório foi corroborado por testemunhas que afirmaram que ele usava armas de fogo para reforçar seu domínio psicológico sobre as vítimas, embora não houvesse registro legal de armas em seu nome.

Operação Fraus Veneni

Diante da gravidade das denúncias, uma operação chamada Fraus Veneni, que significa “fraude envenenada”, foi montada para capturar o suspeito. O nome é uma referência ao uso de medicamentos sedativos para dopar mulheres em situação de vulnerabilidade. A operação recebeu apoio da Polícia Militar do Distrito Federal e foi fundamental para a captura do homem, que havia se escondido em Serra dos Aimorés, em Minas Gerais, mas foi preso em um hotel após retornar ao DF.

Busca por mais vítimas

As autoridades estão divulgando o nome do preso não apenas para registrar o caso, mas também na esperança de que outras possíveis vítimas ainda não identificadas possam se manifestar. As histórias das três mulheres já conhecidas são similares e mostram um padrão de manipulação emocional, violência e exploração financeira que se repete. A polícia está atenta a novos relatos, pois acredita que outras mulheres possam ter passado pela mesma situação.

Reflexões sobre a violência de gênero

Esse caso nos faz refletir sobre a alarmante situação da violência de gênero em nosso país. Segundo pesquisas, uma em cada dez mulheres já sofreu algum tipo de violência digital, e os números de violência física e psicológica são igualmente preocupantes. É essencial que a sociedade se una para combater esse tipo de crime e proteger as vítimas, garantindo que elas tenham espaço para se manifestar e receber apoio.

Se você ou alguém que você conhece está passando por uma situação semelhante, é fundamental buscar ajuda. O combate à violência contra a mulher é uma responsabilidade coletiva e deve ser uma prioridade para todos nós. Não podemos nos calar diante de tamanha injustiça. Compartilhe, informe-se e ajude a fazer a diferença.



Recomendamos