Renata Vasconcellos entra ao vivo na Globo e confirma falecimento de grande artista

A jornalista Renata Vasconcellos entrou em plantão na TV Globo no fim da tarde para confirmar uma notícia que já começava a circular de forma tímida nas redes: a morte de um dos artistas mais influentes do último século. Aos 96 anos, faleceu Frank Gehry, arquiteto que marcou a história com suas curvas, seus prédios tortos e aquela ousadia quase infantil — mas genial — que pouca gente consegue carregar até o fim da vida.

O anúncio foi feito ao vivo. Renata, com aquele tom firme mas visivelmente emocionada, disse: “Morre Frank Gehry, um dos arquitetos mais importantes da história.” Foi um daqueles momentos em que o plantão pega o público de surpresa, como quando toca aquela música que todo mundo reconhece na hora. Poucas horas depois, no Jornal Nacional, ela voltou com a equipe de reportagem para detalhar o que já estava confirmadíssimo: Gehry faleceu em sua casa, em Santa Monica, após complicações de uma doença respiratória que vinha enfrentando nos últimos dias.

No JN, Renata tentou resumir o que, sinceramente, é difícil colocar em poucas frases: “Conhecido por torres inclinadas e placas onduladas de metal curvado, foi considerado um ‘superstar’ da arquitetura mundial.” Um superstar mesmo — desses que influenciam desde estudantes de arquitetura até designers que hoje moldam fachadas em realidade aumentada, como se vê nas construções futuristas que viralizam diariamente no Instagram e no TikTok.

A confirmação oficial da morte veio por e-mail enviado à Reuters por Meaghan Lloyd, chefe de equipe de Gehry. Ela escreveu que o arquiteto morreu “no começo desta manhã em sua casa em Santa Monica após uma doença respiratória recente”. Foi uma mensagem simples, quase dura, mas ao mesmo tempo respeitosa — como costuma ser nesses comunicados difíceis de fazer.

Obras marcantes e uma influência que não acaba

É impossível falar de Gehry sem lembrar do quanto suas obras mexeram com a cabeça de arquitetos ao redor do mundo. Mesmo quem não conhece o nome dele provavelmente já esbarrou em alguma foto do Guggenheim de Bilbao, aquele museu todo dobrado, quase como se fosse feito de papel alumínio amassado por uma criança muito criativa. Curiosamente, o texto original não citava Bilbao, mas não tem como ignorar: aquela obra virou praticamente um símbolo da arquitetura contemporânea.

Em 2015, Gehry entregou a expansão gigantesca do campus do Facebook em Menlo Park, Califórnia. Na época, Mark Zuckerberg ainda fazia transmissões semanais em seu perfil e chegou a comentar sobre o prédio, dizendo que queria algo que inspirasse colaboração, mas sem exageros. A instrução foi clara: “não seja ousado demais”. Bom… para Gehry, até o discreto saía ousado.

Outro trabalho recente dele que teve muita repercussão foi o museu Fondation Louis Vuitton, inaugurado em Paris em 2014. A construção parece um barco de vidro, meio flutuante, meio impossível — mas que funciona. Virou ponto turístico instantâneo, especialmente entre influenciadores e fotógrafos que hoje fazem sessões inteiras por lá.

A lista de obras importantes é longa. A Walt Disney Concert Hall, em Los Angeles, é um dos cartões-postais da cidade. A Dancing House, em Praga, parece literalmente dançar, como o nome diz. O Experience Music Project, em Seattle, tem aquela vibe experimental típica do início dos anos 2000. E, claro, a torre residencial 8 Spruce, em Nova York, que se destaca na paisagem mesmo entre tantos arranha-céus.

Frank Gehry se vai, mas deixa um legado que não cabe em nenhuma lista. Seus prédios parecem movimentos congelados no tempo — e, agora, ganham ainda mais significado.



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