Aumento Alarmante nos Casos de Feminicídio em São Paulo

Nos últimos meses, o estado de São Paulo tem enfrentado um aumento preocupante nos casos de feminicídio, com um crescimento de 10,01% nos assassinatos de mulheres entre janeiro e outubro de 2025, em comparação ao mesmo período do ano passado. No total, foram registrados 207 casos em 2025, contra 188 em 2024. Esses dados foram revelados em um estudo desenvolvido pelo Instituto Sou da Paz, que foi publicado recentemente.

Um Olhar Mais Profundo sobre os Dados

Quando analisamos um período mais extenso, a situação se torna ainda mais alarmante. A pesquisa indica um aumento de 16,9% nos feminicídios, com 177 casos registrados em 2023, se comparado aos 207 de 2025. Esses números revelam uma tendência preocupante que exige atenção e ação imediata de todos nós.

A Capital Paulista em Foco

A capital, São Paulo, destaca-se como um dos principais focos desse aumento. Em apenas 10 meses, a cidade contabilizou de 43 feminicídios em 2024 para 53 em 2025, resultando em uma elevação de 23,3%. Além disso, se compararmos com 2023, o aumento é ainda mais chocante, com um crescimento de 71%, já que naquele ano foram registradas apenas 31 mortes relacionadas a feminicídios na capital.

O Interior Também Enfrenta Desafios

Embora o aumento na capital seja considerável, o cenário no interior do estado também é preocupante. O número de casos no interior variou de 112 casos em 2023 para 110 em 2024 e 114 em 2025, mostrando que a violência contra a mulher não é um problema restrito apenas à grande metrópole.

Locais de Violência

Um dado particularmente triste desta pesquisa é que a residência das vítimas é apontada como o principal local onde as mulheres enfrentam violência. Cerca de 60% das mulheres paulistas que foram vítimas de violência relatam que isso ocorreu dentro de suas próprias casas. Essa informação é devastadora e nos leva a refletir sobre a segurança no ambiente familiar.

Meios Utilizados nos Crimes

Quando falamos sobre os métodos empregados nos feminicídios, as armas brancas e objetos contundentes continuam a ser as mais utilizadas, representando 56% dos casos. As armas de fogo aparecem em 16,9% dos crimes, enquanto o enforcamento ou uso de força corporal corresponde a 17,4%. Esses dados não só revelam a brutalidade dos atos, mas também ressaltam a necessidade de um debate sobre o controle de armas e a prevenção da violência.

Perfil das Vítimas

A composição racial das vítimas também é um aspecto que merece ser destacado. As mulheres brancas representam 51,2% dos casos, enquanto as negras (pretas e pardas) somam 45,4%. Essa distribuição é bastante semelhante à composição racial do estado, que, segundo o Censo de 2022, aponta 57,8% da população como branca, 8% como preta e 32,9% como parda.

A Necessidade de Ação

Especialistas têm apontado a falta de políticas públicas efetivas como um dos principais motivos para o aumento dos feminicídios. Eles defendem a necessidade de uma ampliação das delegacias especializadas, a integração dos serviços públicos e um acompanhamento mais eficaz das mulheres que possuem medidas protetivas. É fundamental que a sociedade como um todo se una para combater essa epidemia de violência, promovendo campanhas de conscientização e apoio às vítimas.

Reflexão Final

O aumento dos feminicídios em São Paulo é um chamado à ação. Cada um de nós tem um papel a desempenhar na luta contra essa violência. Seja através de apoio, educação ou ativismo, é crucial que não permaneçamos em silêncio diante de uma realidade tão alarmante. Que possamos, juntos, construir um futuro mais seguro e justo para todas as mulheres.