Peter Greene morreu aos 60 anos na última sexta-feira (12/12) e a notícia pegou muita gente de surpresa, especialmente quem cresceu assistindo aos filmes dos anos 1990. O ator foi encontrado morto dentro de seu apartamento, em Manhattan, Nova York, nos Estados Unidos. As circunstâncias ainda são cercadas de mistério, e até o momento as autoridades não divulgaram a causa oficial do falecimento.
Greene ficou marcado no cinema por interpretar vilões intensos, daqueles que incomodam e, ao mesmo tempo, ficam na memória. Em O Máskara (1994), ele deu vida ao inesquecível Dorian Tyrell, o gângster cruel que enfrentava o personagem de Jim Carrey. Já em Pulp Fiction, clássico absoluto de Quentin Tarantino, Greene interpretou Zed, um dos antagonistas mais perturbadores do filme, papel que até hoje é lembrado por fãs e críticos.
Nascido em Montclair, no estado de Nova Jersey, Peter Greene não teve uma trajetória imediata rumo ao estrelato. Seu primeiro papel de maior destaque veio em 1992, no filme independente Laws of Gravity. Foi ali que ele começou a chamar atenção pelo estilo cru de atuação, quase sempre carregado de tensão. No ano seguinte, o diretor Lodge Kerrigan o escalou como protagonista de Clean, Shaven, produção que acabou sendo decisiva para sua carreira. O filme chamou atenção de Quentin Tarantino, que logo o convidou para integrar o elenco de Pulp Fiction.
Ao longo de décadas de carreira, Greene acumulou quase 100 trabalhos entre cinema e televisão. Ele transitou com facilidade entre filmes independentes e grandes produções, além de séries populares. Entre seus trabalhos na TV estão participações em Chicago PD, Hawaii Five-O, Justified e Life on Mars. Mais recentemente, ele integrou o elenco da série For Life e também participou de Ladrões de Drogas, produção estrelada por Wagner Moura e Brian Tyree Henry, o que reacendeu o interesse do público por seu trabalho.
Apesar do reconhecimento profissional, a vida pessoal do ator sempre foi discreta e, em alguns momentos, marcada por dificuldades. Amigos próximos relatavam que Greene era intenso não só em cena, mas também fora dela. Ainda assim, era descrito como alguém generoso, apaixonado por cinema e sempre disposto a conversar sobre atuação e roteiros.

O caso da morte chamou atenção pelas circunstâncias. Segundo informações divulgadas pela imprensa local, autoridades foram acionadas após vizinhos perceberem uma música tocando de forma ininterrupta por mais de 24 horas dentro do apartamento. Um morador do prédio contou ao New York Daily News que Greene foi encontrado de bruços no chão, ao lado de um bilhete escrito à mão. Ainda de acordo com esse relato, havia ferimentos no rosto e muito sangue no local, o que aumentou as especulações em torno do ocorrido.
Até agora, a polícia não confirmou se houve crime ou se a morte foi causada por algum problema de saúde. A investigação segue em andamento, e familiares pedem respeito e cautela diante das informações que circulam nas redes sociais.