Quem são os artistas que estão apoiando Zezé Di Camargo contra o SBT

Zezé Di Camargo não atravessou essa turbulência sozinho. Depois de comprar uma briga pública com o SBT, o cantor sertanejo passou a receber uma onda de apoio de famosos, mostrando que o episódio ultrapassou o campo artístico e entrou de vez no debate político e ideológico que hoje divide o país.

Tudo começou após Zezé publicar um vídeo nas redes sociais criticando a emissora e, de forma direta, as filhas de Silvio Santos. O motivo foi a recepção dada ao presidente Lula e ao ministro do STF Alexandre de Moraes durante o lançamento do SBT News. Para o cantor, a postura do canal representaria uma mudança clara de valores em relação ao que, segundo ele, sempre foi defendido por Silvio Santos.

A reação foi imediata. Nos comentários, nomes conhecidos do público apareceram para demonstrar apoio. Dado Dolabella, ator e ex-genro de Zezé, optou pela economia de palavras e deixou apenas emojis de palmas, gesto simples, mas simbólico. Já o sertanejo e ex-BBB Rodolffo foi mais direto: “Boa, Zezé!”, escreveu, sem rodeios.

Quem resolveu ir além foi Eduardo Costa. O cantor publicou um vídeo cantando uma composição própria, com críticas à política atual do país. A manifestação virou uma espécie de trilha sonora do protesto, reforçando o tom emocional e político do momento. Para muitos seguidores, o gesto mostrou que a insatisfação não está restrita a um único artista.

A lista de apoiadores cresceu rápido. Entre eles, os atores Oscar Magrini e Thiago Rodrigues, o humorista Dedé Santana, o ex-jogador de futebol Felipe Melo, o cantor Marcus Menna e as atrizes Pérola Faria e Leticia Birkheuer. A diversidade de nomes chamou atenção, misturando artistas, esportistas e figuras populares de diferentes áreas.

Na madrugada da última segunda-feira (15/12), Zezé foi além das críticas e anunciou que pretendia romper com o SBT. Ele pediu publicamente que a emissora não exibisse o especial de Natal “É Amor”, já gravado. O pedido foi acatado, e o programa não irá mais ao ar, decisão que repercutiu fortemente nos bastidores da televisão.

Em seu pronunciamento, o cantor afirmou que não queria decepcionar pessoas que pensam diferente, mas deixou claro que, para ele, a mudança de postura do canal tornou inviável a exibição do especial. “A partir do momento que as pessoas pensam diferente do que o pai pensava, do que grande parte do Brasil pensa, do que eu penso, para mim não faz sentido colocar esse especial no ar”, disse.

O episódio acontece em um momento delicado, em que artistas e veículos de comunicação são cada vez mais cobrados por posicionamentos políticos. Casos recentes mostram que qualquer gesto público pode gerar reações intensas, tanto de apoio quanto de rejeição. No caso de Zezé, a escolha foi clara: bancar a opinião, mesmo com possíveis prejuízos profissionais.

Nos bastidores, há quem diga que o rompimento pode não ser definitivo. Outros avaliam que a relação ficou arranhada de vez. Fato é que a decisão do cantor reacendeu discussões sobre liberdade de expressão, coerência ideológica e o peso das convicções pessoais na carreira artística.

Enquanto isso, nas redes sociais, o debate segue quente. Entre aplausos e críticas, Zezé Di Camargo voltou ao centro das atenções, mostrando que, no Brasil de hoje, música, política e televisão caminham cada vez mais juntas — e nem sempre em harmonia.



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