Nos últimos dias, uma nova onda de críticas tomou conta das redes sociais, desta vez mirando o SBT e a família Abravanel. Parte da direita passou a acusar a emissora de “traição” e tentou puxar um cancelamento virtual depois que o presidente Lula, a primeira-dama Janja e o ministro Alexandre de Moraes marcaram presença em um evento dentro da sede do canal. Como sempre acontece nesses casos, a internet ferveu, opiniões se dividiram e o debate saiu do trilho em poucos minutos.
Mas, pra entender esse barulho todo, é preciso ir além do calor das redes e olhar um pouco pra história. A relação entre governos e grandes emissoras de TV no Brasil nunca foi simples, muito menos ideológica. Ela é, antes de tudo, prática. Quem está no poder precisa de espaço, visibilidade e, claro, legitimidade. Já as emissoras dependem de concessões públicas, estabilidade jurídica e verbas de publicidade oficial pra manter a engrenagem girando.