Quem é Nasry Asfura presidente eleito em Honduras e apoiado por Trump

Nasry Asfura: O Novo Presidente de Honduras e Seus Desafios

Nasry Asfura, um político e empresário do setor de construção civil, é o novo presidente de Honduras. Conhecido carinhosamente como “Papi, a la orden” (Papai, ao seu dispor), ele venceu a eleição presidencial, que foi anunciada na quarta-feira, dia 24. Essa vitória marca a segunda vez que Asfura tenta assumir a presidência do país, mostrando uma persistência que é admirada por muitos.

A Vitória nas Urnas

Segundo a autoridade eleitoral do país, o CNE, Asfura conquistou 40,3% dos votos, superando o candidato centrista do Partido Liberal, Salvador Nasralla, que obteve 39,5%. Essa diferença, embora pequena, é significativa em um cenário político tão polarizado como o de Honduras. Em seu discurso de vitória, Asfura enviou uma mensagem de esperança e compromisso: “Não os decepcionarei”. A expectativa é alta, tanto por parte de seus apoiadores quanto de críticos.

Um Pouco Sobre a Trajetória de Asfura

Asfura nasceu em Tegucigalpa, a capital de Honduras, no dia 8 de junho de 1958, em uma família com raízes palestinas. Ele estudou engenharia civil, mas não chegou a concluir o curso. Durante a década de 1990, começou a trabalhar em diversas administrações municipais, onde rapidamente ganhou a reputação de um funcionário eficiente e discreto. Essa imagem positiva o ajudou a galgar posições importantes, incluindo o cargo de deputado e, mais tarde, como ministro de investimentos sociais.

Em 2013, Asfura se tornou prefeito de Tegucigalpa e do distrito circundante. Sua popularidade cresceu ainda mais com a execução de projetos de infraestrutura, que lhe rendeu o apelido carinhoso de “Papi, às ordens”. Esse apelido, que reflete sua imagem de homem do povo, foi utilizado por sua equipe durante a campanha presidencial, mostrando uma estratégia bem pensada de marketing político.

Controvérsias e Desafios

Apesar de sua imagem de modéstia e trabalho duro, Asfura não está isento de controvérsias. Ele e outros ex-funcionários de sua administração estão sendo investigados por supostas irregularidades envolvendo desvio de fundos públicos e lavagem de dinheiro. Asfura, no entanto, defende-se afirmando que essas ações têm motivação política e nega qualquer acusação de irregularidade. “Extremos não funcionam”, disse ele durante a campanha, enfatizando a necessidade de equilíbrio na política.

O Apoio de Trump e as Implicações Regionais

Um fator que não pode ser ignorado é o apoio que Asfura recebeu do ex-presidente americano Donald Trump. Antes das eleições, Trump usou suas redes sociais para declarar que Asfura era o “único amigo verdadeiro da Liberdade em Honduras” e incentivou os eleitores a votarem nele. Trump também ameaçou cortar o apoio financeiro dos EUA a Honduras caso Asfura não vencesse, uma estratégia que reflete sua intenção de formar um bloco conservador na América Latina.

Após a divulgação dos resultados, o secretário de Estado americano, Marco Rubio, parabenizou Asfura e expressou a esperança de que sua administração promova prosperidade e segurança na região. Por outro lado, tanto Nasralla quanto o partido governista LIBRE condenaram a interferência de Trump, considerando-a prejudicial às eleições. Nasralla chegou a afirmar que essa interferência impactou negativamente suas chances de vitória.

Expectativas para o Futuro

Asfura deverá assumir o cargo em 27 de janeiro de 2026, e muitos se perguntam quais serão suas prioridades ao longo de seu mandato. Diante de um cenário político conturbado e de desafios econômicos, sua tarefa não será fácil. Asfura terá que lidar com as expectativas de seus eleitores, enfrentar as controvérsias que o cercam e trabalhar para unificar um país que está dividido.

A Organização dos Estados Americanos também está monitorando a situação e já anunciou que irá divulgar um relatório com conclusões e recomendações sobre o processo eleitoral em Honduras. A transição deve ser acompanhada de perto, especialmente considerando as dificuldades enfrentadas durante as eleições e a necessidade de garantir que todos os cidadãos se sintam representados.

Com essa nova fase, o povo hondurenho aguarda ansiosamente para ver se Asfura cumprirá suas promessas ou se enfrentará um governo repleto de desafios. A política em Honduras certamente será um tema a ser acompanhado nos próximos anos.



Recomendamos