A política brasileira vive mais um daqueles momentos que parecem saídos de roteiro de série dramática. Na última quinta-feira (11/09), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) bateu o martelo e condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a uma pena de 27 anos e 3 meses de prisão. A acusação? Ter articulado e liderado uma trama golpista na tentativa de se manter no poder depois da derrota para Lula nas eleições de 2022. O placar do julgamento terminou em 4 a 1, mostrando que, mesmo dentro da corte, as divergências existem — mas a maioria falou mais alto.
Do lado da condenação ficaram os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. Quem destoou foi Luiz Fux, que votou pela absolvição do ex-presidente. Aliás, Fux foi bem enfático ao dizer que não enxergava provas suficientes para aplicar uma pena tão pesada. Já o restante dos ministros considerou que as evidências apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) eram robustas e não deixavam muita margem para dúvidas.