O Futuro do Mercado de Carbono: O Que Mudou Após a COP30?
O mercado internacional de carbono passou por um momento de transição e transformação após a COP30, que se realizou recentemente. Embora não tivéssemos grandes anúncios no texto final da reunião, a articulação entre países para implementar mecanismos do Artigo 6 do Acordo de Paris se tornou um passo significativo para quem está atento às questões de preço, risco e fluxos financeiros. Esse artigo, que é fundamental, estabelece regras para que nações colaborem na redução das emissões de gases de efeito estufa, permitindo a criação de mercados de carbono e a troca internacional de créditos com um foco especial em transparência, integridade e a prevenção da contagem dupla.
A Coalizão Aberta de Mercados Regulados
Um dos principais avanços dessa nova fase é a formação da Coalizão Aberta de Mercados Regulados, que agora conta com 19 países. Essa iniciativa, que é liderada pelo Ministério da Fazenda, representa uma mudança de rumo significativa. A regulação de um mercado internacional de carbono está, agora, sendo definida diretamente entre governos. Essa mudança é crucial para aumentar a escala do mercado e reduzir incertezas, algo que é muito importante tanto para empresas quanto para investidores e compradores de créditos de carbono.