Na manhã desta segunda-feira (8), uma notícia triste abalou o meio jurídico e também repercutiu entre apoiadores políticos: o advogado Luiz Felipe Pereira da Cunha morreu vítima de um infarto fulminante. O comunicado oficial veio através do perfil Advogados de Direita Brasil no Instagram, espaço onde ele mesmo já tinha sido bastante ativo em outras ocasiões.
A postagem foi curta, mas carregada de emoção:
“É com profundo pesar que comunicamos o falecimento do advogado Luiz Felipe, vítima de infarto fulminante. Neste momento de dor, nos solidarizamos com seus familiares, amigos e colegas de profissão, desejando que encontrem força e conforto para enfrentar essa perda”, dizia o texto publicado.
Logo em seguida, outras entidades se manifestaram. A Ordem dos Advogados do Brasil do Distrito Federal (OAB/DF), junto com a Caixa de Assistência dos Advogados (CAADF), divulgaram nota lamentando o ocorrido. As duas instituições ressaltaram a solidariedade com familiares e amigos, reforçando a importância da união em tempos tão difíceis. O tom foi respeitoso, mas também deixou transparecer o impacto da perda para o meio jurídico da capital federal.
Quem era Luiz Felipe?
Apesar de não ser um nome tão midiático quanto outros advogados que ganham espaço na TV, Luiz Felipe já tinha certa notoriedade por sua atuação em casos polêmicos. Ele defendia réus condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, episódio que ainda rende debates acalorados tanto na política quanto na sociedade.
Entre seus clientes estavam pessoas como Adalgiza Maria Dourado, de 65 anos, Claudinei Pego da Silva, Jucilene Nascimento, de 62 anos, e Ana Flávia de Souza, de 45 anos. Todos eles foram condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a penas que variam entre 14 e 17 anos de prisão.
Luiz Felipe se destacava por ser combativo. Frequentemente apresentava denúncias sobre o tratamento recebido por seus clientes dentro do sistema prisional. Chegou a apontar situações que, segundo ele, levaram alguns acusados a medidas extremas, como tentativas de suicídio. Esse tipo de posicionamento rendeu críticas e também elogios, dependendo de qual lado político se observava a questão.
Repercussão e contexto
A morte de Luiz Felipe acontece em um momento de tensão no país, marcado por debates sobre democracia, liberdade de expressão e punição dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. A própria OAB, que em outras épocas foi protagonista em grandes discussões nacionais, hoje também enfrenta pressões internas diante de posicionamentos tão polarizados.
Não foram poucos os colegas que, nas redes sociais, destacaram o empenho de Luiz Felipe em lutar por aquilo que acreditava, mesmo que fosse contra a maré. Outros, por outro lado, criticaram o advogado por sua proximidade com figuras ligadas ao bolsonarismo. A verdade é que, gostando ou não, ele estava presente num dos debates mais acalorados do Brasil atual.
Despedida precoce
Um infarto fulminante é daqueles acontecimentos que pegam todo mundo de surpresa. Muitos amigos relataram incredulidade com a notícia, já que Luiz Felipe ainda tinha uma trajetória longa pela frente, tanto profissional quanto pessoal.
Ainda não há informações detalhadas sobre velório e enterro, mas a expectativa é que haja uma grande presença de colegas de profissão, clientes e apoiadores. Pelas mensagens que já circulam em grupos de WhatsApp e perfis no X (antigo Twitter), o clima é de comoção.