Após ser trocado por Michelle, ex-médico de Bolsonaro faz forte desabafo: “Se eu fosse”

O cirurgião Antônio Luiz Macedo, que fez cinco cirurgias no ex-presidente Jair Bolsonaro, comentou que não foi chamado para acompanhar o estado de saúde do ex-mandatário em Brasília. Segundo ele, se tivesse sido convidado, teria ido sem pensar duas vezes.

Macedo, que tem um longo histórico no acompanhamento médico de Bolsonaro, disse que esperava ser convidado para a cirurgia realizada no domingo (13/4), mas isso não aconteceu. “Se eu fosse chamado, com certeza iria. Mas eles não pediram, então é isso. Eu fico torcendo para que ele melhore logo”, comentou ao site Metrópoles.

A mudança na equipe médica de Bolsonaro gerou várias especulações, e muitos atribuem a decisão a Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama, e ao filho mais velho do ex-presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). A troca de médicos também teria sido influenciada pela morte da ex-deputada Amália Barros, que faleceu no ano passado após ser operada por Macedo para retirar um nódulo benigno no pâncreas. A morte de Amália teria levantado algumas questões dentro da família Bolsonaro, mas Macedo negou que houvesse qualquer desentendimento. Para ele, a troca de médicos foi uma questão de logística. “Eu moro em São Paulo, trabalho na rede D’Or, e é complicado para mim estar lá com eles em Brasília, onde eles moram. Não tem nada de mais nisso, só foi uma questão prática”, explicou.

O médico também revelou que, apesar de não ter sido escolhido para realizar a cirurgia dessa vez, ele tem uma boa relação com a família Bolsonaro. “Eu já tratei dele em outras ocasiões, e sempre me dei muito bem com ele e com a família. Não tem nenhum tipo de problema, só não fui chamado dessa vez”, afirmou. A cirurgia de Bolsonaro, realizada no último domingo, foi feita no Hospital DF Star, em Brasília, e o procedimento foi coordenado pelo cirurgião Cláudio Birolini, do Hospital das Clínicas de São Paulo. Macedo, embora não tenha participado, elogiou o trabalho do colega. “O doutor Birolini é muito competente, acredito que tudo tenha sido feito da melhor maneira possível”, disse.

Ele também falou sobre a questão de qualquer tipo de rivalidade entre os médicos. “Não tem disputa nenhuma, não tem nada disso. O que importa é que o Bolsonaro fique bem. Eu realmente não fico triste ou chateado por não ter sido chamado. O que importa é a saúde dele, só isso”, concluiu Macedo.

Essa troca de médicos e as declarações de Macedo geraram muitos comentários nas redes sociais e entre políticos, mas o médico reafirmou que não há nenhuma animosidade em relação à família Bolsonaro. Ele acredita que o foco deve ser, acima de tudo, a recuperação do ex-presidente. A mudança na equipe médica e a condução da cirurgia, para ele, são apenas detalhes do processo, e o mais importante é que Bolsonaro se recupere o mais rápido possível.