Belém recebe sinfonia de Philip Glass inspirada nos rios da Amazônia

Uma Experiência Única: ‘Águas da Amazônia’ Chega a Belém com Música e Cultura Indígena

Nos dias 8 e 9 de outubro, Belém do Pará vai se transformar em um verdadeiro palco cultural com a apresentação do espetáculo “Águas da Amazônia”, uma obra do renomado compositor Philip Glass. Este evento, que acontece no icônico Theatro da Paz, promete unir a força da orquestra sinfônica com projeções audiovisuais impressionantes e a participação especial de artistas indígenas, incluindo a talentosa cantora Djuena Tikuna.

Um Encontro de Culturas e Sonoridades

Esta apresentação marca um momento histórico, uma fusão que entrelaça o minimalismo da música norte-americana com as sonoridades tradicionais da floresta amazônica. O contexto é ainda mais significativo com a proximidade da COP30, quando os olhares do mundo se voltam para a Amazônia. Tal evento é uma oportunidade de refletir sobre a importância do bioma, que é tão vital para a saúde do planeta.

A Obra e sua Origem

“Águas da Amazônia” foi criada em 1993, em colaboração com o grupo mineiro Uakti. Desde sua concepção, a obra se propôs a ser uma experiência imersiva, e agora, retorna ao território que a inspirou, trazendo consigo uma nova perspectiva. O espetáculo mistura concerto sinfônico, arte visual e narrativas que se entrelaçam com a cultura indígena.

Visões sobre o Bioma

O regente e diretor artístico da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz, Miguel Campos Neto, destaca que a apresentação é uma síntese poderosa de diversas visões sobre a Amazônia. Ele menciona: “Temos um compositor que traduziu em música os rios da Amazônia e uma orquestra amazônida interpretando essa visão a partir de dentro, no coração da floresta. É um diálogo potente sobre o que a Amazônia representa local e globalmente”. Essa afirmação reflete a profundidade do projeto e sua relevância no atual cenário ambiental.

Projeções Visuais e Diálogos Musicais

As projeções visuais do espetáculo são uma parte crucial da experiência, criadas por dez artistas indígenas e amazônicos. Essas imagens dialogam com os movimentos musicais que homenageiam rios como Negro, Xingu, Tapajós, Purus e Amazonas. Essa combinação torna a obra não apenas um concerto, mas uma travessia sensorial e espiritual que convida o público a mergulhar nas histórias e mitos que esses rios carregam.

Artistas Convidados

Entre os artistas que vão se apresentar, estão nomes como Djuena Tikuna, Trio Manari, Daiara Tukano, Bu’u Kennedy, Wira Tini, Auá Mendes e Duhigo. Cada um desses artistas traz consigo uma bagagem cultural rica, contribuindo para a diversidade e profundidade da apresentação.

Uma Devolutiva à Floresta

Natália Duarte, a diretora artística do evento, enfatiza que o projeto visa devolver a obra à floresta que a inspirou. Ela comenta: “Não queríamos apenas executar a música, mas revelar a vida que pulsa nesses rios — suas histórias, mitos e espiritualidades. É um momento simbólico, com a proximidade da COP30, para reafirmar a Amazônia como centro de criação e pensamento”. Essa visão demonstra um compromisso com a cultura local e com a preservação das tradições.

Oficinas Educativas e Formação de Novos Públicos

Além do concerto, o projeto inclui uma série de oficinas educativas voltadas para jovens das Escolas de Aplicação da UFPA, em parceria com o Laboratório de Etnomusicologia da universidade. Essas atividades têm como objetivo ampliar o impacto do evento e formar novos públicos, além de fortalecer as identidades culturais locais.

Informações sobre o Evento

  • Espetáculo: “Águas da Amazônia” de Philip Glass
  • Datas: 8 e 9 de outubro de 2025
  • Local: Theatro da Paz – Belém (PA)
  • Ingressos: Retirada gratuita a partir das 18h, na bilheteria do Theatro

Se você quer vivenciar uma experiência única que celebra a cultura amazônica e a música de um dos maiores compositores contemporâneos, não perca essa oportunidade. Venha e faça parte desse diálogo entre a arte e a natureza!