Brasileira que caiu na Indonésia é encontrada “visualmente imóvel”; entenda

Na manhã desta segunda-feira (23), as redes sociais foram movimentadas com uma notícia que trouxe alívio, mas também preocupação. A brasileira Juliana Marins, de 27 anos, que estava desaparecida após sofrer uma queda durante uma trilha no Monte Rinjani — um dos destinos mais procurados da Ilha de Lombok, na Indonésia — foi localizada com vida. A confirmação veio por meio do perfil oficial do Parque Nacional Gunung Rinjani no Instagram.

De acordo com a postagem, o chefe do Escritório de Busca e Salvamento de Mataram, Muhamad Hariyadi, afirmou que Juliana foi localizada a cerca de 500 metros de onde teria sofrido a queda. A região é conhecida por ser de difícil acesso e bastante acidentada, o que tem dificultado bastante o resgate.

“Encontramos ela com ajuda de drone térmico, mas ela tava imóvel, parecia desacordada ou muito fraca. Estamos tentando chegar até ela, mas o local é complicadíssimo”, comentou um membro da equipe de resgate, em entrevista a uma rádio local.

O uso de drones com tecnologia térmica foi crucial pra encontrar a jovem, já que a visibilidade no local era quase nula por conta da neblina intensa. Mesmo com o equipamento identificando a presença de calor, não foi possível, a princípio, confirmar o estado de saúde dela — apenas que estava viva.

A operação de resgate tem enfrentado obstáculos constantes, principalmente o clima. Segundo o último boletim das equipes no local, fortes nevoeiros e o terreno extremamente íngreme têm tornado a aproximação perigosa até pros profissionais mais experientes. “Ela caiu centenas de metros. A trilha ali é traiçoeira, especialmente se o tempo vira de repente, como aconteceu no dia do acidente”, disse um alpinista que já percorreu o Monte Rinjani várias vezes.

Ainda na segunda-feira, a família de Juliana postou nas redes que dois alpinistas experientes estavam a caminho do ponto onde ela foi localizada. Eles teriam sido acionados de forma independente, por amigos da jovem, na tentativa de acelerar o socorro diante da lentidão imposta pelas dificuldades naturais. “Sabemos que a equipe está fazendo tudo que pode, mas cada hora conta. Ela já está ali há mais de um dia”, escreveu uma prima da vítima.

O caso ganhou bastante atenção na internet, com milhares de brasileiros compartilhando mensagens de apoio e oração pela vida da publicitária. Entre os comentários, muitos lembraram de outras situações parecidas que aconteceram em trilhas na Ásia, alertando sobre a importância de sempre contar com guias locais e equipamentos adequados.

Segundo relatos de quem viu Juliana pela última vez antes do desaparecimento, ela estava com um pequeno grupo e teria se afastado momentaneamente da trilha principal para tirar uma foto, quando teria escorregado em uma área de pedras soltas. O lugar onde ela foi achada é tão difícil de alcançar que alguns especialistas em resgate montanhoso dizem que, sem o uso do drone, talvez ela nem tivesse sido localizada a tempo.

Por enquanto, a situação segue em desenvolvimento. As equipes continuam no terreno, tentando garantir que o resgate seja feito com segurança tanto para Juliana quanto para os profissionais envolvidos. A comunidade local e os turistas foram orientados a evitar a região até segunda ordem.

“Resgatar ela não vai ser fácil, mas desistir nunca foi opção. A natureza é linda, mas também impiedosa quando não é respeitada”, concluiu um dos voluntários da operação.