Brasileiro de 17 anos perde a vida em hotel no Paraguai; comunicado é emitido

Um estudante brasileiro morreu após cair do sexto andar de um hotel em Bariloche, na Argentina. Segundo o portal local Infobae, Leonardo Rainha de Castro, de 17 anos, estava em viagem de formatura com o Colégio Anglo do Paraguai.

O caso aconteceu por volta das 23h30 do dia 8 de julho, no hotel Eco Ski, localizado a 150 metros do Centro Cívico de Bariloche. Segundo fontes judiciais consultadas pelo portal, Leonardo estava sozinho no momento da queda.

A justiça agora investiga se o caso se tratou de um acidente ou de uma decisão premeditada da vítima. Ainda de acordo com o Infobae, que ouviu algumas testemunhas do acidente, Leonardo estava deprimido nos últimos dias.

O corpo de Leonardo foi velado nesta terça-feira (16) em Santa Bárbara d’Oeste, interior de São Paulo. Ele nasceu no Brasil e foi criado no Paraguai.

Em nota, o Colégio Anglo do Paraguai divulgou um pesar sobre a morte:

“A comunidade educativa do Colégio Anglo-Americano Paraguai lamenta profundamente o falecimento de nosso querido aluno do 3º ano, Leonardo Rainha de Castro. Sua partida deixa um vazio em nossos corações. Que Deus o receba em seu santo reino e lhe conceda paz eterna.”

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O Profissão Repórter desta terça-feira (16) revelou que mais de 3 mil trabalhadores em situação análoga à escravidão foram resgatados em um ano no Brasil, o maior número em 14 anos.

Maria Raimunda, uma empregada doméstica de 61 anos, é um exemplo dessa realidade. Ela ainda reside na casa onde trabalhava em Belo Horizonte, Minas Gerais. Fiscais receberam uma denúncia há um ano e constataram que Maria vivia em condições análogas à escravidão por mais de 40 anos. Uma foto é um raro registro de Maria caminhando na rua ao lado da sua patroa.

“Quando eu cheguei na casa dela, eu dormi em cima de uma tábua e depois. Nem banheiro eu tinha”, conta Maria.

Maria nunca teve forças para denunciar as antigas patroas, que nunca chegaram a pagar um salário.

“Nunca pagou o salário, não. Eu falava para ela pagar o salário e ela falava: ‘Ah, Maria, ano que vem eu pago salário para você’. Fui ficando, ficando o resto da vida até ela falecer”.

Segundo os advogados de defesa, Maria Raimunda chegou a engravidar e teve um filho em 1982.

“Ninguém aqui viu quando estava grávida, porque eu ficava só dentro de casa fazendo serviço com um barrigão. O menino era bonitinho mesmo”, lembra.
Uma enfermeira que morava no bairro e participou do parto dias depois teria sumido com o recém-nascido.

Vizinha, Thais Rosa quase não via a Maria, mas ouvia claramente os sinais de maus tratos.

“Ela não podia ligar uma televisão, ela não podia abrir a casa. A senhorinha chamava ela 24 horas. Às vezes, eu a via brigando com a senhorinha para ir lá comprar as coisas para comer”, conta Thais Rosa.
Além da vizinha Shirley Magda, as auditoras do Ministério do trabalho e advogadas da Universidade Federal de Minas Gerais têm dado o apoio para a Maria Raimundo.

“A minha família, eu falo que é a minha vizinha e essas pessoas que eu arrumei agora, que estão aí me acompanhando”, diz Maria.
Depois de 40 anos de exploração, Maria anda pela casa como dona.

“As exploradoras não tinham herdeiros direitos, os herdeiros eram sobrinhos. E a gente conseguiu que que essa casa fosse direito pra Maria, fosse transferida direto para a Maria”, afirma a advogada Fernanda de Mendonça Melo.
Como houve um acordo com os herdeiros da antiga casa, processo judicial não continuou e até hoje não existe nenhuma pista de onde pode estar o filho de Maria.