Carolina Dieckmmann rompe o silêncio e faz forte desabafo: ‘Vi pessoas usando a morte de Preta’

A atriz Carolina Dieckmann, que era mais que amiga da Preta Gil — quase irmã de alma, desabafou nas redes sociais sobre como tem lidado com a dor da perda. A conversa rolou na segunda-feira (dia 4) e foi num daqueles momentos em que a gente tá mexendo no celular, abre o Instagram e se depara com verdades ditas do coração, sem filtro, sem roteiro. Carolina apareceu em vídeo, com aquele semblante meio cansado, meio firme, e falou do retorno ao trabalho e das coisas que andou observando nesse tempo difícil.

Pra quem não sabe, ela abriu uma caixinha de perguntas no Instagram — aquele recurso que geralmente serve pra interagir com fãs, seguidores e, vez ou outra, vira espaço de desabafo. E foi ali que ela respondeu uma pergunta que muita gente se faz, mas poucos têm coragem de falar abertamente: como é voltar à rotina com o coração ainda em pedaços?

Carolina contou que já tinha passado por uma dor parecida — a morte da própria mãe, há seis anos. E essa experiência, segundo ela, ensinou um pouco sobre o que é o tal do luto. “Pra mim, o luto não tem regra. Não tem essa de cada dia melhor, cada dia pior. É como onda. Tem dia que vem uma maré braba e você sente tudo de novo. Parece mentira. Parece que a pessoa vai aparecer a qualquer hora. Noutro dia, você até sorri lembrando de algo bom”, disse ela.

Ela falou isso de um jeito bem sincero, daquele jeito que a gente entende sem precisar traduzir. Nada técnico, nada de manual de autoajuda. Só a vivência mesmo, nua e crua. Aliás, esse é o tipo de luto que a gente entende com o tempo, e mesmo assim nunca entende por completo.

Mas não parou por aí. Quando uma seguidora perguntou sobre a amizade com Preta, foi quando Carolina deixou escapar uma frustração — ou talvez até uma indignação. Segundo ela, teve gente que, mesmo sem ter muita ligação com a cantora, apareceu se promovendo em cima da tragédia.

“Eu vi pessoas usando a morte da Preta pra dizer que eram próximas. Isso me pegou. Me doeu. Porque a relação que eu tinha com ela era verdadeira, sabe? Era profunda. E ver isso sendo reconhecido pelas pessoas de fora, esse sentimento sincero, me emocionou demais”, contou Carolina, visivelmente abalada, mas com a firmeza de quem sabe o valor do que viveu.

A atriz ainda refletiu sobre como as redes sociais, às vezes, viram um palco meio distorcido das relações humanas. “Esse mundo é doido. Às vezes parece que vale mais aparecer do que sentir. Mas quando a verdade aparece, quando ela toca quem tá assistindo, aí sim faz sentido.”

O desabafo de Carolina ganhou força e circulou bastante na web, justamente por esse tom verdadeiro. Numa época em que tudo parece montado, editado, com legenda ensaiada e filtro exagerado, escutar alguém falando com a alma é quase um respiro.

Não tem muito o que concluir quando o assunto é luto. Cada um sente de um jeito, vive num tempo, expressa quando dá. Mas ver alguém como Carolina se abrindo, dizendo o que muitos pensam e poucos falam, acaba sendo um acolhimento pra quem também tá passando por perdas.

E no meio desse turbilhão, o que fica é a lembrança boa, o carinho que transbordava entre elas, e o aviso silencioso de que a dor precisa de espaço — e também de verdade.