No universo da estética e da busca quase que incansável pela beleza, procedimentos estéticos tornaram-se parte fundamental da rotina de muitas pessoas. Vale ressaltar, todavia, nem sempre o resultado desejado é o esperado, como evidenciado pelo episódio recente da empresária Denize Alves, de 39 anos, cujo desabafo sobre uma paralisia ocular após a aplicação de toxina botulínica tem provocado discussões mais acaloradas. Por outro lado, esse incidente trouxe reflexões sobre os riscos ligados a esses procedimentos.
O episódio veio à tona quando Denize compartilhou um vídeo em suas redes sociais, contanto a experiência reprovável que enfrentou após a aplicação do tão conhecido botox. A empresária, que já tem o hábito de fazer uso desse procedimento há alguns anos, encontra-se desde o dia da intervenção, em 16 de novembro, impossibilitada de abrir um dos olhos. O caso em questão levanta indagações sobre a segurança e os cuidados necessários ao se submeter a procedimentos estéticos, especialmente aqueles que envolvem substâncias como a toxina botulínica.
Para aqueles que desconhecem, a toxina botulínica, mais comumente conhecida como botox, é uma substância utilizada para suavizar rugas e linhas de expressão, sendo aplicada por profissionais habilitados em clínicas especializadas. Contudo, de acordo com a oftalmologista Juliana Lasneaux, o efeito dessa substância é justamente paralisar o músculo no qual é injetada. No caso de Denize Alves, a especialista sugere que o botox pode ter se difundido até os músculos responsáveis pelo movimento da pálpebra, resultando na paralisia ocular.
“Acredito que o que aconteceu nesse caso foi que o botox se difundiu até o músculo que levanta a pálpebra”, afirma a oftalmologista, destacando que além de uma possível aplicação por um profissional não habilitado, a intercorrência pode ter sido desencadeada por movimentos inadequados, como coçar o olho ou realizar outras ações não recomendadas durante o período crítico após a aplicação.
A explicação da Dra. Lasneaux destaca a importância de seguir rigorosamente as orientações pós-aplicação do botox. Ela destaca que o produto possui um tempo de ação até se ligar aos receptores do músculo desejado, e qualquer movimentação inadequada durante esse período pode resultar em consequências indesejadas.
“A gente coloca a substância no local, mas ele tem um tempo de ação até se ligar aos receptores do músculo que a gente quer que ele aja. Se nesse intervalo a pessoa treinar, coçar o olho, fizer a sobrancelha ou algo do tipo, o botox pode ir para um lugar que a gente não quer”, esclarece a especialista.
O caso de Denize Alves destaca a importância de escolher profissionais qualificados e reconhecidos para a realização de procedimentos estéticos. A busca por preços mais acessíveis ou a pressa por resultados imediatos pode resultar em situações como a vivenciada pela empresária, com consequências não apenas estéticas, mas também para a saúde ocular.
Além disso, o caso ressalta a necessidade de conscientização sobre os riscos associados aos procedimentos estéticos, mesmo aqueles considerados minimamente invasivos à saúde. É fundamental que os pacientes estejam totalmente informados sobre os procedimentos, seus efeitos colaterais potenciais e os cuidados pós-aplicação.