O apresentador Fausto Silva, mais conhecido como Faustão, 75 anos de idade, continua internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, desde o dia 21 de maio. Ele está enfrentando o tratamento de uma infecção bacteriana aguda acompanhada de sepse — um quadro sério, que exige cuidados intensivos e monitoramento constante. Quem acompanha notícias de saúde sabe: sepse não é brincadeira, e a recuperação costuma ser um caminho cheio de altos e baixos.
Mas dessa vez, o boletim médico divulgado pela equipe hospitalar veio com um tom otimista. De acordo com os médicos, Faustão vem apresentando uma melhora clínica significativa e, se tudo continuar no mesmo ritmo, pode deixar a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) nos próximos dias. Existe, inclusive, expectativa de que ele receba alta hospitalar nas próximas semanas, o que é uma excelente notícia para a família, amigos e fãs.
Esse avanço não veio do nada. Ele é resultado de uma série de procedimentos e tratamentos intensos que o apresentador vem passando nos últimos tempos. No início de agosto, Faustão enfrentou dois procedimentos de peso: no dia 6, um transplante de fígado; no dia 7, um retransplante renal. Esse último já estava previsto há cerca de um ano, pois o rim transplantado anteriormente não vinha funcionando como deveria.
Um detalhe curioso é que tanto o fígado quanto o rim transplantados vieram do mesmo doador. A compatibilidade foi confirmada pela Central de Transplantes do Estado de São Paulo, e essa coincidência acabou acelerando parte do processo cirúrgico. Para quem lembra, não foi o primeiro desafio médico do apresentador: em agosto de 2023, ele já havia passado por um transplante de coração, o que, por si só, já é uma cirurgia de altíssimo risco e complexidade.
Hoje, o quadro clínico é considerado estável. Os médicos estudam transferi-lo para um quarto comum antes da alta definitiva — um passo que, no mundo hospitalar, é visto como um sinal de progresso. Isso indica que o organismo dele está reagindo bem aos tratamentos e que o risco imediato diminuiu. Claro, o acompanhamento seguirá rigoroso, porque cirurgias de grande porte sempre exigem cuidado no pós-operatório.
Esse caso do Faustão também levanta uma reflexão importante: a doação de órgãos. Sem ela, toda essa sequência de cirurgias simplesmente não teria sido possível. É um tema que ganhou força nos últimos anos, especialmente com campanhas nas redes sociais e ações de conscientização em programas de TV e rádio. E, mesmo assim, ainda existe falta de informação e resistência de parte da população. A história de Faustão, no mínimo, joga mais luz sobre a importância de estar registrado como doador e de conversar sobre o assunto com a família.
Enquanto isso, fora dos corredores do Einstein, fãs e admiradores do apresentador seguem enviando mensagens de apoio pelas redes. Muitos relembram momentos marcantes do “Domingão do Faustão” e até brincam que ele merece um quadro fixo só para contar histórias de hospital — afinal, não é qualquer um que passa por transplante de coração, fígado e rim e ainda mantém o bom humor.
No clima atual, em que as redes sociais amplificam tanto o lado negativo das notícias, ver um boletim médico positivo, com sinais reais de recuperação, acaba funcionando como um sopro de alívio. É como se fosse uma pausa na enxurrada de más notícias diárias, que vão desde escândalos políticos até tragédias climáticas, como as recentes enchentes no Sul.
Por enquanto, o foco é seguir o tratamento e aguardar a evolução. Se o ritmo de recuperação se mantiver, Faustão pode muito bem voltar para casa em breve — e, quem sabe, aparecer diante das câmeras outra vez, contando mais uma de suas histórias cheias de pausas dramáticas e tiradas engraçadas.