Fernando Collor recebe oferta de emprego em presídio

Fernando Collor de Mello, ex-presidente da República, recebeu uma proposta de trabalho no final da semana passada. A oferta vem de uma fábrica localizada no Complexo Penitenciário de Maceió (AL), onde Collor poderia atuar. A proposta é para trabalhar com um salário mínimo e uma carga de 40 horas semanais, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, com direito a uma hora de almoço.

A proposta foi feita pela empresa Pré-Moldados Empresarial Alagoas, no mesmo dia em que Collor foi preso, sexta-feira, dia 25. O dono da empresa, Roberto Boness, disse que a contratação de Collor seria algo muito positivo para o crescimento do negócio. Segundo ele, o ex-presidente tem uma visão gerencial que poderia ajudar a alavancar a empresa para um novo nível.

Boness afirmou ainda que ter alguém com a experiência de Collor seria uma “grande ajuda” para a companhia. Ele acredita que a presença de Collor na equipe poderia fazer uma diferença significativa, principalmente pelo histórico e pela experiência que ele tem no mundo corporativo e político.

Por outro lado, o advogado de Collor, Marcelo Bessa, se mostrou surpreso com a informação e afirmou que não tinha conhecimento sobre a proposta de trabalho feita à defesa do ex-presidente. A notícia sobre a oferta de trabalho de Collor circulou em diversos veículos de comunicação, como a revista Oeste e o portal UOL.

É curioso como a vida de figuras públicas pode mudar de direção tão rapidamente. Collor, que já foi presidente da República e passou por momentos conturbados em sua carreira, agora se vê diante de uma proposta que, aparentemente, não tem relação com sua trajetória política, mas sim com uma tentativa de reconstrução de sua vida após tantos altos e baixos. A proposta, com salário baixo e uma carga horária típica de um trabalho comum, está longe do glamour e do poder que ele já exerceu.

Muitas pessoas, ao saberem dessa oferta, ficaram surpresas. Afinal, Collor foi um presidente que teve um papel importante na história recente do Brasil. Desde o impeachment em 1992 até sua volta à política como senador, ele sempre foi um nome polêmico, envolvido em diversos debates sobre corrupção e poder. Porém, agora, ele se encontra em uma situação bem diferente, lidando com questões jurídicas e com uma vida profissional bem distante das grandes esferas de poder.

O fato de ele ter sido preso no mesmo dia em que recebeu essa proposta, coloca ainda mais tensão na situação. É difícil imaginar como ele vai lidar com essa nova fase da sua vida. Por um lado, a oferta de trabalho na fábrica pode ser vista como uma chance de reinvenção ou até de uma forma de se distanciar dos problemas jurídicos. Por outro, pode parecer uma tentativa de buscar algo mais simples, talvez para fugir das complicações que a vida política trouxe para ele nos últimos anos.

Embora o advogado tenha se mostrado alheio à proposta, isso também levanta questionamentos sobre o real interesse de Collor em aceitar ou não o trabalho. Pode ser que o ex-presidente esteja procurando uma forma de se reerguer após anos de controvérsias e críticas. Ou, quem sabe, ele simplesmente queira passar um tempo longe dos holofotes, em um trabalho mais “comum”, que poderia lhe trazer um pouco de paz.

Enfim, é uma situação inusitada, mas que mostra como até mesmo figuras públicas que já estiveram no topo podem passar por momentos de reflexão e reconstrução, mesmo que de forma modesta e fora do radar da grande mídia.