Hospital público do Recife confirma casos de superfungo; dois morreram

Cuidado Redobrado: Novos Casos de Candida Auris em Pernambuco

No dia 18 de maio, a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) trouxe à tona uma notícia que deixou muitos preocupados: três novos casos de infecção pelo fungo Candida auris, um superfungo que tem preocupado as autoridades de saúde mundialmente, foram confirmados no Hospital Otávio de Freitas (HOF), localizado em Tejipió, na Zona Oeste do Recife.

O que é o Candida auris?

O Candida auris é um tipo de fungo que se tornou um grande desafio para os profissionais de saúde devido à sua resistência a diversos medicamentos antifúngicos. Ele pode causar infecções graves e, em muitos casos, é associado a pacientes com condições de saúde já comprometidas, o que torna o quadro ainda mais delicado.

Casos Recentes e suas Implicações

Entre os pacientes infectados, dois homens, com idades de 44 e 49 anos, não conseguiram resistir e faleceram em decorrência de doenças pré-existentes. É importante ressaltar que ambos já estavam em tratamento para condições graves como acidente vascular cerebral (AVC) e câncer. O terceiro paciente, um homem de 33 anos, permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) respiratória, em isolamento, mas seu estado de saúde é considerado estável.

Esses casos foram detectados durante uma rotina de vigilância hospitalar. A detecção precoce é crucial para o controle da infecção e para evitar uma possível propagação dentro do hospital. A SES-PE informou que os pacientes estavam recebendo tratamento para enfermidades distintas, o que destaca a vulnerabilidade de indivíduos com saúde debilitada.

Medidas Adotadas pelo Hospital

Após a confirmação dos diagnósticos, a direção do Hospital Otávio de Freitas decidiu suspender temporariamente a admissão de novos pacientes na UTI respiratória. Essa decisão foi orientada pela Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) e pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH). O objetivo principal é intensificar a desinfecção das áreas afetadas e monitorar os pacientes que estão em acompanhamento.

  • Desinfecção Intensificada: As áreas do hospital estão passando por um processo rigoroso de desinfecção para eliminar qualquer vestígio do fungo.
  • Visitas Controladas: Embora as visitas ainda sejam permitidas, o número de visitantes foi reduzido para minimizar riscos de contaminação.

Riscos e Sintomas

A preocupação com o Candida auris se dá principalmente pela sua capacidade de resistência a vários antifúngicos, como fluconazol, anfotericina B e equinocandinas. Além disso, o fungo pode sobreviver por longos períodos em superfícies hospitalares, formando uma camada protetora chamada biofilme, que torna sua eliminação ainda mais difícil.

A transmissão do Candida auris ocorre exclusivamente por contato direto com pessoas infectadas ou com objetos contaminados. Os principais sintomas que podem indicar uma infecção incluem:

  • Febre persistente
  • Tontura
  • Alterações na pressão arterial
  • Dificuldades respiratórias
  • Aceleração dos batimentos cardíacos

A Importância da Vigilância

É fundamental que hospitais e profissionais de saúde estejam sempre em alerta e adotem medidas preventivas rigorosas para evitar a propagação de infecções como a causada pelo Candida auris. A vigilância hospitalar é uma ferramenta essencial para garantir a segurança de todos, especialmente dos pacientes mais vulneráveis. Além disso, a conscientização da população sobre as práticas de higiene e a importância de buscar atendimento médico ao apresentar sintomas é crucial para conter a disseminação do fungo.

Em um momento como este, a união de esforços entre profissionais de saúde, instituições e a comunidade é imprescindível para enfrentar desafios que ameaçam a saúde pública. Vamos todos ficar atentos e cuidar uns dos outros!