Ipsos-Ipec: conservadorismo predomina em comportamento e segurança

O Conservadorismo no Brasil: Uma Análise do Índice de Pautas Sociais

Recentemente, uma pesquisa realizada pelo Ipsos-Ipec trouxe à tona dados intrigantes sobre o conservadorismo na sociedade brasileira. O estudo revelou que quase metade da população, exatamente 49%, se identifica com um alto grau de conservadorismo em relação a temas polêmicos como a legalização do aborto, a pena de morte, a redução da maioridade penal, o casamento entre pessoas do mesmo sexo e a prisão perpétua para crimes hediondos. Esses resultados, divulgados no dia 28 de agosto, nos levam a refletir sobre a dinâmica social e as mudanças de opinião que ocorreram nos últimos anos.

Metodologia da Pesquisa

A pesquisa foi conduzida por meio de uma série de cinco afirmações, apresentadas de forma aleatória aos entrevistados, permitindo que cada um se posicionasse a favor ou contra cada uma delas. Esse método garantiu uma análise mais abrangente e diversificada das opiniões populares. Como resultado, a pesquisa evidenciou alguns padrões bem definidos:

  • Legalização do aborto: Progressistas tendem a apoiar, enquanto conservadores se opõem.
  • Pena de morte: Na mesma linha, progressistas são contra, e conservadores são a favor.
  • Redução da maioridade penal: Aqui, os progressistas também se posicionam contra, ao passo que os conservadores apoiam a redução.
  • Casamento entre homossexuais: Novamente, os progressistas mostram-se a favor, enquanto os conservadores se opõem.
  • Prisão perpétua para crimes hediondos: Progressistas contra, conservadores a favor.

Queda no Apoio ao Casamento Homossexual

Uma das descobertas mais notáveis dessa pesquisa foi a queda no apoio ao casamento homossexual, que vinha estável em 44% desde 2021, mas agora caiu para 36%. Esse é um sinal de mudança de atitude dentro da sociedade, que pode estar refletindo uma polarização crescente em temas sociais. Muitas vezes, essas mudanças podem ser influenciadas por fatores como a mídia, debates públicos e até mesmo mudanças políticas.

Segmentação da População e Aumento do Conservadorismo

O estudo também mapeou quais segmentos da sociedade civil mais se identificam com as pautas conservadoras. Os dados mostraram que o conservadorismo cresceu em alguns grupos específicos. Por exemplo, os homens mostraram um aumento no índice de conservadorismo, subindo de 0,681 para 0,688. Além deles, aqueles que residem em capitais também apresentaram um crescimento, de 0,627 para 0,637.

Outro ponto relevante é que pessoas com renda superior a cinco salários mínimos contribuíram para esse aumento, passando de 0,655 para 0,665. E, aqueles com ensino superior completo também registraram uma leve alta, de 0,626 para 0,629.

Queda do Conservadorismo em Diferentes Grupos

Por outro lado, o levantamento também mostrou uma queda no índice geral de conservadorismo em 2025. Essa queda, porém, não foi uniforme, afetando diferentes grupos de maneiras distintas:

  • Brasileiros com 60 anos ou mais: Eles registraram a maior queda, indo de 0,696 para 0,69.
  • Pessoas menos instruídas: Esse grupo viu uma redução de 0,683 para 0,646.
  • Renda familiar: Aqueles que têm até um salário mínimo caíram de 0,654 para 0,637, e os que recebem de um a dois salários mínimos foram de 0,673 para 0,648.
  • Região Norte/Centro-Oeste: Aqui, o índice de conservadorismo caiu de 0,674 para 0,643.

Considerações Finais

A pesquisa foi realizada entre os dias 3 e 8 de julho, envolvendo 2.000 entrevistas, e apresenta uma margem de erro de 2 pontos percentuais, com um nível de confiança de 95%. Esses números e padrões revelados pelo Ipsos-Ipec nos convidam a refletir sobre as mudanças nas opiniões sociais no Brasil.

É importante que continuemos a acompanhar essas transformações, pois elas têm o potencial de moldar políticas públicas e influenciar a vida de muitos cidadãos. Além disso, convido você a compartilhar suas opiniões sobre o assunto nos comentários e a continuar essa conversa vital sobre o futuro da nossa sociedade.