Pai e influenciador trans mostra barriga pós-parto e esbanja alegria

O influenciador Roberto Bete compartilhou detalhes íntimos de sua vida ao mostrar o processo de recuperação de sua barriga após dar à luz seu primeiro filho, Noah, em 2022. Em vídeos compilados, ele demonstrou que sua barriga retornou ao tamanho normal em menos de três semanas após o parto, de forma natural, sem a adoção de dieta ou exercícios físicos específicos.

“Você sabia que a recuperação da barriga após a gestação de um homem trans é semelhante à de qualquer outra pessoa que dá à luz? Após o parto, o útero começa a se contrair e reduzir de tamanho, processo que pode levar de 6 a 8 semanas. A pele e os músculos abdominais, que foram esticados durante a gravidez, também precisam de tempo para se recuperar”, disse ele.

O papai, então, reforçou a necessidade de um acompanhamento médico. “Exercícios leves e específicos para o fortalecimento do core podem ajudar, mas é essencial consultar um médico antes de iniciar qualquer regime de exercícios. Alimentação saudável e hidratação adequada são fundamentais para a recuperação”, completou.

Nos comentários, os admiradores ficaram chocados com a rapidez na recuperação. “Eu, nove meses depois, parece que o menino nem saiu”, brincou uma internauta. “Homem do céu, como diminuiu tão rápido?”, questionou outra. Já uma terceira ironizou: “Eu fiquei seis meses com o ‘bucho quebrado'”.

Saiba mais:

Roberto Bete é um influenciador com 145 mil seguidores nas redes sociais, onde compartilha momentos de seu dia a dia com seu filho Noah, de um ano. Ele é um homem transgênero e se autodenomina pai parturiente, tendo gestado seu filho durante os nove meses de gravidez. Em uma entrevista ao Buzzfeed com a jornalista Marina Dayrell, Roberto revelou que sempre sonhou em ser pai, mas nunca imaginou que gestaria seu próprio filho até conhecer Erika Fernandes, sua ex-esposa e mãe de Noah.

Erika é uma mulher transgênero que realizava tratamento hormonal há anos. Para tentar engravidar, foi necessário interromper o tratamento com progesterona e utilizar bloqueadores de testosterona para estimular a produção de espermatozoides. Ao mesmo tempo, Roberto suspendeu o uso de testosterona para possibilitar a ovulação.

Após um ano e meio o casal conseguiu engravidar e Erika teve a oportunidade de amamentar Noah após realizar um tratamento hormonal que a permitiu o aleitamento.

“Eu quis ser pai a vida inteira, por vários motivos. Muito porque o meu pai se separou da minha mãe quando eu tinha nove anos e, com isso, ele foi muito ausente. A falta dessa figura paterna me despertou essa vontade de querer ser pai também e de ser muito bom, sabe? Eu queria suprir essa falta de representatividade paterna, dando isso para o meu filho”, disse ele.

“Eu sou taurino também, então sou muito raiz, muito tradicional. Gosto desse negócio de ter a família em casa no domingo, fazer comida para todo mundo. Gosto de casa cheia, de família, de criança correndo pela casa. E sempre tive esse desejo mesmo de ser pai, de ser avô, de ser bisavô, e por aí vai”, continuou.

Sobre a decisão de gestar Noah, Roberto falou: “A questão de gestar o meu próprio filho já foi diferente, né? Foi uma desconstrução que levou bastante tempo. Começou com o meu relacionamento transcentrado, ou seja, uma relação entre duas pessoas trans, independente do gênero”.