Polícia rastreia movimentação financeira da suspeita de matar namorado com brigadeirão envenenado

A Polícia Civil do Rio pediu medidas cautelares para detectar as movimentações financeiras da psicóloga Júlia Andrade Cathermol, suspeita de matar o empresário e namorado Luiz Marcelo Antônio Ormond.

Segundo o delegado Marcos Buss, titular da 25ª DP (Engenho Novo), ela é acusada de se apropriar de bens e de quantias em dinheiro da vítima.

De acordo com a polícia, até a manhã desta segunda-feira (3), não havia pistas do paradeiro de Júlia.

Nesta segunda-feira (3), dois funcionários de uma farmácia prestaram depoimento e afirmaram que o remédio foi vendido para Júlia mediante apresentação de receita médica. Eles se comprometeram a levar o documento à delegacia posteriormente.

Segundo a polícia, a suspeita é que Júlia comprou o remédio controlado para colocar no brigadeirão dado à vítima antes da sua morte.

A polícia destaca que alguns bens de Luiz Marcelo já foram recuperados. “Já recuperamos alguns bens da vítima, como o automóvel. Agora, devemos nos preocupar com a localização dessas armas, que podem ou não estar na posse de Júlia”, destacou Buss.

Presa suspeita de participação no crime

Para a polícia, Suyany Breschak, mulher que se apresenta como cigana e que está presa, já sabia do planejamento do crime antes da morte do empresário, e teria se beneficiado posteriormente.

“Há elementos que indicam que a Suyany foi a destinatária de todos os bens do empresário após a morte dele”, afirmou o delegado.

Em depoimento, Suyany disse que Júlia possuía uma dívida com ela de R$ 600 mil.

Ex de Suyany é ouvido

Também foi ouvido nesta segunda-feira (3) na delegacia Orlando Neto, que se identifica como cigano e é ex-marido de Suyany. Orlando alega que ela teria tentado sequestrá-lo e ameaçado envenenar seus dois filhos.

Suyany foi presa temporariamente e é considerada suspeita de ser mentora intelectual da morte de Luiz Marcelo Antônio Ormond.

Orlando alega ainda que recebeu um áudio e prints que davam conta que Suyany estaria vendendo o carro de Luiz Marcelo, além das armas que também estavam no veículo.

Etevaldo Tedeschi, advogado de Suyany, diz que a cliente não teve qualquer participação na morte de Luiz Marcelo.

Ele afirmou que Suyany recebeu o carro como um presente de Júlia, em troca de uma consulta espiritual. O advogado também disse que não ouviu a vítima falar sobre uma dívida de R$ 600 mil de Júlia com ela.

“O objetivo era fazer um trabalho espiritual, e esse trabalho espiritual era para que Júlia pudesse encontrar o amor da vida dela. E me parece que a vítima era bastante generosa. Penso que o interesse de Suyany era que o relacionamento desse certo e fosse longo e duradouro”, ponderou.

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Na noite desta sexta-feira (31), um ataque a tiros chocou os moradores do bairro dos Bancários, Zona Sul de João Pessoa. O crime ocorreu na Rua Empresário João Rodrigues Alves, em frente à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro.

A vítima, identificada como Arlison, de 42 anos, natural do estado do Acre, residia em João Pessoa há algum tempo e era proprietário de um pub na região. Informações preliminares indicam que Arlison possuía passagem pela polícia, conforme relataram algumas pessoas presentes na cena do crime.

De acordo com o delegado responsável pela ocorrência, câmeras de segurança instaladas nos estabelecimentos próximos capturaram o momento exato do crime. Nas imagens, é possível ver um carro modelo Uno, de cor vermelha, parado no local. Quando Arlison chegou e desembarcou de seu veículo, um ocupante do Uno, que estava sentado no banco do motorista, saiu do carro, dirigiu-se até a vítima e disparou contra ela. Após os disparos, o atirador correu de volta para o carro e fugiu.

O veículo utilizado no crime foi interceptado mais tarde pela polícia no município de Alhandra, no litoral sul, região de Mata Redonda. Os dois ocupantes do carro foram presos e encaminhados para a delegacia de Alhandra, onde foi lavrado o flagrante.

O delegado afirmou que o crime apresenta características de execução, mas ressaltou que a equipe ainda está colhendo mais elementos para concluir o inquérito em até 10 dias. O corpo de Arlison foi encaminhado para o Instituto de Polícia Científica no bairro Cristo Redentor.

A investigação segue em andamento para esclarecer as circunstâncias e motivações do homicídio.