Por medalha, Rebeca Andrade opta por não realizar salto inédito

Depois de levar o bronze histórico na ginástica artística por equipes, a ginasta brasileira Rebeca Andrade vai competir na final do individual geral dos Jogos Olímpicos de 2024 nesta quinta, dia 01. Pra tentar garantir mais uma medalha, a campeã olímpica vai abrir mão do salto inédito Yurchenko com tripla pirueta, que ela até tentou homologar no código de pontuação.

Então, ao invés de tentar aumentar a dificuldade das notas, a Rebeca vai focar em fazer tudo certinho. Em uma entrevista ao portal GE, o técnico Francisco Porath explicou essa estratégia. “Tem atleta que precisa colocar mais dificuldade pra tirar nota maior. No caso da Rebeca, não. Ela já tem uma nota boa, uma nota alta. Se colocar mais dificuldade, corre o risco dessa nota final cair”, ele disse.

“A gente vai manter a segurança e a consistência. Estamos aqui num processo onde queremos ganhar o máximo de medalhas. Não tem essa de querer ganhar da Biles. Qualquer medalha tá bom. Ficamos muito felizes com o bronze por equipes. Poderíamos ter sido prata, como no Mundial, se tivéssemos competido melhor. Então a Rebeca vai buscar resultados inéditos pra ela”, completou.

Rebeca vai competir ao lado de Flávia Saraiva na final do individual geral, prova onde ela é a atual vice-campeã olímpica. Ela e Simone Biles são as favoritas, já que lideraram as classificatórias, com vantagem pra americana: 59,566 x 57,700. A brasileira ainda tem margem pra aumentar a dificuldade em todos os aparelhos, mas isso é arriscado, porque as deduções podem ser maiores que os bônus pela dificuldade.

“Foi igualzinho em Tóquio. A primeira medalha saiu com a Rebeca no individual geral, uma prata. Quando a gente conseguiu isso, já foi inédito. Fomos pra final do salto mais tranquilos. E ganhamos o ouro. Foi incrível. Quando você já tem uma medalha nas finais, dá uma certa tranquilidade, apesar de que as finais são difíceis e os dias são longos. A Rebeca e a Flávia têm que fazer os quatro aparelhos de novo, o que é muito cansativo. A gente vai vendo que um aparelho melhora um pouco, o outro cai. Manter a constância é difícil. Com uma medalha no peito, fica mais fácil, não tem aquela pressão de ‘preciso ganhar, preciso ganhar’. A gente vai estar mais tranquilo”, disse o treinador.

A Rebeca é uma ginasta incrível e já mostrou que tem potencial pra fazer história. Eu lembro de assistir ela nas últimas Olimpíadas e ficar emocionado com cada performance. Essa estratégia de focar na execução é inteligente, principalmente porque os juízes são bem rigorosos com as deduções. E vamos combinar, só de estar lá competindo com as melhores do mundo já é um feito e tanto!

Além disso, a competição tá cheia de emoção esse ano. A Simone Biles voltou com tudo, e a gente sabe que ela é um fenômeno. Mas a Rebeca tem seu brilho próprio e já provou que pode bater de frente com qualquer uma. Tô torcendo muito pra que ela consiga mais uma medalha e, quem sabe, até outra de ouro. Vamos ficar de olho nas próximas competições e torcer bastante!

Enfim, a ginástica artística é sempre um espetáculo à parte nas Olimpíadas, e essas atletas nos inspiram a cada movimento. Boa sorte pra Rebeca e pra Flávia, que elas brilhem muito e encham o Brasil de orgulho!