Operação Sharpe: Revelações Sobre o PCC e Conexões Familiares na Favela do Moinho
No dia 8 de outubro, uma operação significativa conhecida como Operação Sharpe foi desencadeada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), com apoio da polícia. O foco da ação gira em torno da família Moja e suas ligações com o PCC (Primeiro Comando da Capital) na Favela do Moinho, situada no coração de São Paulo. A operação, que é um desdobramento das investigações contínuas sobre o crime organizado, destaca o alcance e a complexidade das atividades ilícitas na região.
O Papel de Leonardo Monteiro Moja, o ‘Leo do Moinho’
Leonardo Monteiro Moja, mais conhecido como “Leo do Moinho”, é identificado como o líder do grupo criminoso que opera na favela. Mesmo após sua prisão durante a Operação Salus et Dignitas, as investigações do MPSP indicam que ele continuou a exercer influência significativa sobre suas atividades criminosas a partir da prisão. Isto é, ele supostamente emitiu ordens, até mesmo para intimidar funcionários de órgãos públicos, demonstrando como o crime organizado pode se infiltrar em várias esferas da sociedade.
A Estrutura do Crime na Favela do Moinho
As evidências coletadas pelos investigadores mostram que, mesmo encarcerado, Leo mantinha um sofisticado esquema criminoso que envolvia tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e coerção de moradores e agentes públicos. Utilizando uma rede de imóveis e comércios na comunidade, ele não apenas facilitava o tráfico, mas também disfarçava suas atividades ilícitas, garantindo assim a continuidade do domínio do PCC na área.
Alessandra Moja Cunha: A Líder Comunitária e Sua Conexão Criminosa
Outro elemento central na Operação Sharpe é Alessandra Moja Cunha, irmã de Leo, que também foi presa. Com um histórico criminal que inclui uma condenação por homicídio qualificado em 2005, Alessandra atuava como uma figura influente na organização criminosa. Segundo as investigações, ela presidia a “Associação de Moradores da Favela do Moinho”, um título que utilizava para orquestrar manifestações que visavam proteger a comunidade de intervenções policiais.
Conexões e Práticas Ilícitas
As acusações contra Alessandra vão além de sua atuação na associação. Ela e outros membros de sua família teriam cobrado propinas de famílias que buscavam reurbanização com a CDHU, condicionando a liberação de cadastros e assinaturas ao pagamento dessas taxas. Isso revela uma teia de corrupção que se estende por vários níveis da comunidade e do governo.
O Impacto nas Redes Sociais e Reações da Comunidade
Alessandra, que mantém uma presença ativa nas redes sociais desde 2018, postava sobre vários projetos sociais na Favela do Moinho, o que complicou ainda mais sua imagem. A percepção pública dela como uma líder comunitária foi abalada pelas revelações de sua ligação com o crime organizado. Além disso, a Associação de Moradores da Favela do Moinho emitiu uma declaração alegando que Alessandra foi vítima de tortura durante sua prisão e que as acusações contra ela eram fabricadas, o que indica a tensão entre a comunidade e as autoridades.
Novos Envolvidos e a Expansão do PCC
As investigações também revelaram que outros membros da família Moja estão envolvidos nas atividades criminosas. Yasmin Moja Flores, filha de Alessandra e sobrinha de Leo, foi detida sob suspeita de ser uma líder na comunidade. A presença dela em um dos imóveis de Leo, que servia para armazenar produtos ilegais, reforça a ideia de uma estrutura familiar fortemente ligada ao crime organizado.
Conclusão: A Luta Contra o Crime Organizado
A Favela do Moinho é considerada pelo MPSP um ponto estratégico para o PCC, servindo como um centro de comando e abastecimento de drogas. As ações do MPSP, como a Operação Sharpe, são fundamentais para desmantelar essas redes e trazer à luz as complexidades do crime organizado. À medida que as investigações continuam, a expectativa é que mais detalhes sobre a operação e suas repercussões na comunidade sejam revelados.
Convidamos você a compartilhar suas opiniões sobre essa operação e suas implicações. Você acredita que a luta contra o crime organizado está avançando? Deixe seu comentário abaixo!