Sérgio Reis faz forte desabafo após ser vítima de criminosos: “Isso precisa acabar”

Na última terça-feira, 2 de setembro, o cantor Sérgio Reis resolveu quebrar o silêncio depois de ser alvo de um golpe virtual que vinha circulando pelas redes. Criminosos cibernéticos criaram uma propaganda falsa usando o nome dele para enganar pessoas e vender remédios milagrosos — algo que, claro, não tinha nada a ver com a realidade.

O sertanejo, que já é uma figura histórica na música brasileira, decidiu que não podia deixar a história correr solta. Por isso, aceitou conversar ao vivo no programa Brasil Urgente, comandado por Joel Datena na Band TV, e abriu o jogo sobre o que estava acontecendo. Durante a entrevista, ele falou de tudo: do susto que levou até a cobrança que faz às autoridades para que esse tipo de crime seja combatido com mais firmeza.

Logo no começo, Sérgio não escondeu a indignação:
“Estou bem, quero dizer aqui que estou em Ribeirão Preto, em São Paulo. Esses caras inventam que o Sérgio Reis usou tal produto… mas eu não fiz isso daí, não. Já me mataram quatro vezes só esse mês na internet. Isso precisa parar. Ai de quem eu pegar que fez isso”, disparou, claramente revoltado.

A história veio à tona porque pessoas próximas ao cantor começaram a perguntar sobre o suposto remédio. Foi aí que ele percebeu que algo estava errado. “Meu pessoal aqui de Ribeirão entrou e descobriu hoje. Vieram me perguntar que produto era esse, se eu estava mesmo fazendo propaganda. Eu falei que não. Não tem nada disso”, contou.

No bate-papo, Sérgio aproveitou para comentar sobre como a tecnologia, especialmente a inteligência artificial, está sendo usada de forma perigosa para enganar pessoas. “Eu acho isso um crime e não sei porque o nosso governo não dá um jeito de acabar com isso. Tem que tirar do ar essa desgraça”, disse, numa crítica direta às autoridades.

Essa preocupação não é à toa. Nos últimos meses, a quantidade de golpes digitais tem explodido no Brasil. Casos de vídeos manipulados com vozes e imagens falsas — os chamados deepfakes — viraram rotina. Inclusive, até nomes como Xuxa e Zezé di Camargo já foram usados em propagandas falsas. E agora chegou a vez de Sérgio Reis, que aos 83 anos ainda se vê obrigado a lidar com esse tipo de situação.

Quando questionado se recebeu algum retorno da polícia sobre o caso, o cantor foi direto: “Não tem nenhuma resposta da polícia, não. E é hoje que eu tô descobrindo isso. Faz muito tempo que não falo com o Didi [Renato Aragão], cara, e como é que colocaram eu com o Didi nessa jogada? Não temos nada a ver com isso.”

A citação a Renato Aragão mostra outro detalhe grave: os golpistas nem se preocupam em manter uma mínima lógica. Inventam associações absurdas só para dar mais “credibilidade” às mentiras espalhadas na rede.

Sérgio finalizou deixando um recado duro, como se fosse um desafio: “Agora eu quero saber o que a polícia vai fazer para pegar esse cara. Fica o convite para qualquer delegado.”

Esse episódio mostra como até celebridades, com décadas de carreira e reconhecimento nacional, não estão imunes ao crime digital. Hoje em dia, basta uma montagem mal-intencionada para confundir milhares de pessoas. O caso também reforça a necessidade de mais campanhas de conscientização: não acreditar em qualquer propaganda, sempre checar fontes e desconfiar de milagres vendidos pela internet.

No fim das contas, a fala de Sérgio Reis traduz um sentimento que muitos brasileiros compartilham: uma mistura de cansaço com indignação diante da impunidade. Ele, que já cantou sobre o homem simples do interior, agora se vê brigando contra criminosos invisíveis que se escondem atrás das telas.

E, convenhamos, não é nada justo.