Suspeito vaza vídeo íntimo com Diaba Loira após morte da traficante

O Envolvente Caso de Eweline Passos Rodrigues: Uma Vida de Conflitos e Contradições

Pouco depois da morte trágica de Eweline Passos Rodrigues, conhecida por muitos como Diaba Loira, um vídeo íntimo que a envolve começou a circular nas redes sociais. O conteúdo, que teria sido publicado por um indivíduo identificado como TH da Penha, está diretamente ligado ao assassinato dela, que ocorreu na madrugada de uma sexta-feira, no dia 15, na área de Cascadura, localizada na zona norte do Rio de Janeiro.

O vídeo, segundo informações, foi gravado enquanto Eweline ainda estava associada ao Comando Vermelho (CV). A divulgação deste material logo após sua morte levanta questões sérias sobre a intenção por trás disso, sugerindo uma ação premeditada para desmoralizá-la publicamente. Essa situação é emblemática da complexidade e da violência que permeia o mundo do tráfico de drogas e das facções criminosas no Brasil.

As Implicações da Divulgação do Vídeo

A publicação do vídeo íntimo foi interpretada pela Polícia Civil como uma tentativa de humilhar Eweline, possivelmente em resposta à sua mudança de facção. Inicialmente, Diaba Loira era parte do Comando Vermelho, mas decidiu migrar para o Terceiro Comando Puro (TCP). Essa mudança de lado não é vista com bons olhos dentro desse universo, pois a rivalidade entre essas facções é marcada por conflitos constantes e uma história de violência.

As comunidades do Fubá e do Campinho, por exemplo, têm sido palco de inúmeros confrontos entre esses grupos, e a transição de Eweline pode ter sido o fator que culminou em sua execução. Nas redes sociais, ela chegou a afirmar que não tinha medo da morte, o que revela uma postura corajosa, mas também um profundo desespero diante da realidade em que vivia. “No começo, eu até pensava que tinha medo, assim que entrei nessa vida, anos atrás. Mas, na verdade… não”, declarou em um de seus vídeos.

Denúncias e Conflitos Familiares

Antes de sua morte, Eweline fez publicações polêmicas nas redes sociais, incluindo denúncias sobre o assassinato de sua mãe, que teria sido cometido por membros do Comando Vermelho. Em um de seus vídeos, ela expressou indignação e revolta, chamando o ato de covardia. “Vim fazer esse vídeo para contar da covardia que o Comando Vermelho fez com a minha mãe, tá ligado? Mano, papo reto, nossa guerra é entre a gente, não é entre família, não”, disse ela, demonstrando a dor e a luta que enfrentava.

Além disso, dias antes de sua morte, Eweline alegou que traficantes do CV agrediram o influenciador digital Hytalo Santos durante um baile funk. Segundo ela, Hytalo foi coagido a negar publicamente as agressões para evitar represálias. Essas situações contribuíram para criar um cenário de tensão crescente em sua vida, onde a linha entre amizade e rivalidade era frequentemente borrada.

Da Vendedora Informal ao Mundo do Crime

Antes de sua entrada no tráfico, Eweline tentava ganhar a vida de maneira honesta, vendendo doces e cosméticos para sustentar seus filhos e pagar a faculdade de Direito. No entanto, uma tentativa de feminicídio que sofreu em 2022, cometida por um ex-companheiro, parece ter sido o evento que a levou a se envolver mais profundamente com o tráfico de drogas. Essa transição não foi apenas uma mudança de ocupação, mas também uma transformação em sua identidade.

Diaba Loira começou a ostentar armas em suas publicações, exibindo fuzis e fazendo provocações diretas a seus adversários. Em uma de suas postagens, ela afirmou: “Não me entrego viva, só saio no caixão”, uma declaração que encapsula a intensidade de sua vida e a mentalidade que ela adquiriu ao longo do tempo.

Investigação em Curso

A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro continua a investigar as circunstâncias envolvidas na execução de Eweline, considerando o caso dentro do contexto de guerra entre facções. A combinação da sua morte com a divulgação do vídeo íntimo é vista como um recado claro para outros que possam considerar uma mudança de lealdade dentro do mundo do crime. Essa narrativa trágica reflete não apenas a vida de uma mulher lutando por sobrevivência, mas também as complexidades e os desafios que permeiam a dinâmica das facções criminosas no Brasil.

Esse caso, portanto, é um lembrete sombrio das realidades enfrentadas por muitos em situações semelhantes e destaca a necessidade de uma discussão mais ampla sobre a violência, a criminalidade e as consequências sociais que surgem desse ciclo vicioso. Se você tem uma opinião sobre esse caso, compartilhe seus pensamentos nos comentários abaixo e ajude a promover uma discussão significativa sobre essa questão tão delicada.