Trabalhador que perdeu vaga de emprego por excesso de peso é indenizado em R$ 30 mil

Um trabalhador foi indenizado em 30 mil reais depois de perder uma vaga de emprego por estar acima do peso. O caso foi julgado pela 5ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo, que reconheceu que houve discriminação por gordofobia e, com isso, condenou uma empresa de automóveis a pagar a indenização por danos morais.

Tudo começou quando o cara tinha praticamente garantido um emprego como vendedor de carros. Ele já tinha até entregue os documentos que a empresa pediu, abriu conta no banco indicado por eles, sabe? Aquele processo normal que a gente faz quando tá na expectativa de começar num emprego novo. Mas aí, do nada, depois de fazer o exame admissional, o cara foi barrado. A razão? Ele tava com obesidade e pressão alta. Quer dizer, foi basicamente por isso que disseram “não” pra ele.

Imagina o baque! O cara, confiando na promessa de emprego, saiu do trabalho anterior e ficou sem nenhuma fonte de renda. Isso trouxe um prejuízo enorme pra ele, que ficou sem saber como ia sustentar a família. Cara, que situação complicada… A gente nunca espera isso, né? Se eu fosse ele, ficaria desesperado também.

A empresa tentou se defender dizendo que ele sabia que o exame admissional era uma etapa eliminatória e que nunca mandou ele pedir demissão do emprego antigo. Eles negaram qualquer promessa firme e confirmaram que desistiram da contratação por causa do laudo médico, que dizia que o cara não tava apto pra função. Mas, tipo, quem é que vai pedir demissão do nada, né? Se ele pediu, foi porque realmente achou que a vaga tava garantida.

O detalhe interessante é que, durante o julgamento, apareceram umas conversas de WhatsApp entre o trabalhador e o representante da empresa que mostraram claramente que a contratação tava praticamente fechada. Eles tavam tratando como algo certo, sabe? Então ficou meio claro que o cara foi iludido, tipo “pode vir que tá tudo certo”, e depois tomou esse balde de água fria.

A relatora do caso, desembargadora Leila Chevtchuk, foi bem direta no julgamento. Ela disse que usar a obesidade como justificativa pra recusar o emprego, sem pedir mais exames ou mostrar que a saúde dele realmente poderia atrapalhar no trabalho, era sim uma forma de discriminação. Tipo, a empresa não provou que o cara não podia fazer o trabalho por causa da condição de saúde, foi mais um preconceito mesmo. Gordofobia, né? Infelizmente, ainda rola muito isso por aí, mesmo que a galera tente disfarçar.

Agora, pensando bem, é engraçado como a gente ainda vê muito esse tipo de coisa em várias áreas, não só em emprego. Tem gente que até finge que se preocupa com a saúde dos outros, mas na real é só preconceito camuflado. Se a pessoa consegue fazer o trabalho, o peso não devia ser uma questão, na minha opinião. Fico imaginando quantas vezes esse tipo de situação acontece e nem chega a virar caso na Justiça. Dessa vez, pelo menos, o trabalhador teve algum retorno, mas imagina o tanto de gente que só engole o prejuízo e a humilhação.

No fim das contas, o cara recebeu os 30 mil de indenização, mas será que isso compensa o tempo perdido, o estresse e o sufoco que ele passou? A grana ajuda, claro, mas a humilhação e o desespero de ficar sem emprego de uma hora pra outra… Não sei se tem preço pra isso.

Essa história me fez pensar em como, às vezes, a gente coloca confiança demais em promessas que parecem certas, e no fim das contas, acabamos levando um “não” por algo que nem era pra ser levado em consideração. É complicado.