O ex-BBB e influenciador Gil do Vigor usou seu Instagram para fazer um alerta sério aos seus seguidores sobre os perigos das apostas em plataformas on-line como o ‘jogo do tigrinho’. Ele referenciou uma reportagem recente do Fantástico que destacou o caso de uma assistente social de Alagoas, que enfrentou um prejuízo de mais de R$ 200 mil e teve que fechar sua loja devido aos danos causados pelo jogo.
Em seu vídeo, Gil enfatizou a ideia de que “não existe almoço grátis” e que na vida é necessário batalhar para conquistar. Ele alertou seus seguidores a serem cautelosos com qualquer tipo de aposta ou jogo, destacando a importância de estar consciente dos riscos envolvidos.
Após o primeiro alerta, Gil do Vigor mostrou indignação e fez um apelo enfático para que as pessoas não arrisquem o dinheiro necessário para pagar suas contas básicas em apostas como o ‘jogo do tigrinho’. Ele enfatizou que as prioridades devem ser sempre as despesas essenciais, como alimentação, aluguel e contas domésticas.
Ele continuou dizendo que quando algo parece fácil demais, é importante desconfiar, pois ninguém obtém sucesso sem esforço genuíno. Gil concluiu reforçando a necessidade de vigilância e cautela, encorajando seus seguidores a estarem atentos aos riscos envolvidos em jogos de azar e apostas.
A reportagem do Fantástico mencionada por Gil investigou influenciadores que promoviam o ‘jogo do tigrinho’ nas redes sociais sem divulgar que usavam contas de demonstração, o que levou muitas pessoas a acreditar falsamente que era possível ganhar dinheiro fácil. O delegado-geral adjunto da Polícia Civil de Alagoas, Eduardo Mero, destacou que essas práticas influenciaram negativamente muitos seguidores, alertando para a falta de transparência nessas promoções.
Durante a reportagem do Fantástico, a repórter Giuliana Girardi detalhou o funcionamento de uma conta demo utilizada por influenciadores para promover o ‘jogo do tigrinho’. Em menos de dois minutos, o aplicativo demonstrou um suposto ganho de mais de R$ 25 mil para a repórter, porém tudo era simulado e não real. O delegado da Polícia Civil de Alagoas alertou que muitos influenciadores utilizam esse tipo de conta para atrair e enganar seguidores.
Além disso, a reportagem revelou que mais de 500 casos semelhantes foram registrados apenas no Estado de São Paulo. O delegado Eduardo Miraldi destacou que essa prática vai além de uma simples contravenção penal, envolvendo uma organização criminosa por trás dessas fraudes.
🚨Gil do Vigor alerta seguidores
— Paladin 🎖 (@PaladinRood) June 24, 2024
sobre o 'Jogo do Tigrinho'.
"Quando algo parecer fácil demais, desconfie!” pic.twitter.com/cWniqPy8FD
Saiba mais:
O jogo do tigrinho é ilegal?
Sim, o jogo Fortune Tiger, desenvolvido pela PG Soft, é considerado um jogo de azar e, portanto, é ilegal no Brasil de acordo com a legislação atual. O funcionamento básico do jogo é semelhante ao de uma máquina caça-níqueis: o jogador faz uma aposta e precisa obter uma linha horizontal ou diagonal com três imagens idênticas para ganhar um prêmio em dinheiro. No entanto, há relatos de usuários que enfrentaram dificuldades para sacar os ganhos obtidos, o que levanta preocupações sobre a confiabilidade e a legalidade dessas plataformas de jogos de azar on-line no país.
Sim, a dinâmica do jogo Fortune Tiger o classifica como um jogo de azar que depende exclusivamente da sorte. Segundo a Lei de Contravenções Penais (Decreto-Lei nº 3.688/1941), jogos de azar como este são considerados ilegais no Brasil, pois não são autorizados pela legislação vigente.
É comum que as plataformas que oferecem o jogo do tigrinho não estejam sediadas no Brasil, o que dificulta o monitoramento e a aplicação das leis brasileiras sobre essas atividades. Por outro lado, é importante destacar que as apostas esportivas, conhecidas como “bets”, são consideradas legítimas no Brasil quando operam com base em odds (cotas) fixas de eventos esportivos reais. Essas apostas são regulamentadas e têm um quadro legal específico para sua prática no país.