Brasileira morta em vulcão: “Ficou escorregando e precisou de mais corda”

Desafios e Lições de um Resgate no Vulcão Rinjani

Recentemente, o mundo se voltou para a história trágica de Juliana Marins, uma brasileira que perdeu a vida em um acidente no vulcão Rinjani, na Indonésia. Essa situação levou à reflexão sobre os riscos envolvidos nas atividades ao ar livre, especialmente em terrenos tão desafiadores quanto os de um vulcão. O montanhista e geógrafo Pedro Hauck, que esteve diretamente envolvido na operação de resgate, compartilhou detalhes sobre as dificuldades enfrentadas durante a missão e, acima de tudo, ressaltou a importância do autoconhecimento ao se aventurar na natureza.

Os Desafios do Terreno

De acordo com Hauck, o Rinjani é um local de beleza estonteante, mas também de perigos significativos. O vulcão é caracterizado por um terreno repleto de rochas frágeis, conhecidas como pedra-pomes. Essa condição torna a superfície extremamente instável, aumentando o risco de deslizamentos de terra. “Aquela rocha toda quebradíssima vai se acumulando na vertente, e essa rocha que é bastante inclinada acaba ficando solta”, explicou ele, enfatizando como essa instabilidade pode ser traiçoeira para montanhistas e turistas que visitam a área.