Marcha Global Indígena pelo Clima: Uma Voz Poderosa em Belém
No dia 17 de julho, Belém do Pará se transformou em um grande palco de resistência e luta, com a realização da Marcha Global Indígena pelo Clima. Este evento, que atraiu milhares de pessoas às ruas, se destacou como o maior ato dos povos originários durante a COP30, a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. A mensagem central do protesto ecoou forte: “Não existe justiça climática sem os povos e sem os territórios indígenas”. Essa afirmação resume o espírito da marcha, que teve como objetivo chamar a atenção para a importância dos direitos dos povos indígenas no contexto das mudanças climáticas.
A Aldeia COP e a Presença Indígena
A marcha teve início na Aldeia COP, um espaço montado no Colégio Aplicação da Universidade Federal do Pará, que abriga cerca de 3 mil indígenas durante as duas semanas da Conferência do Clima. Este local se tornou um ponto de encontro para o fortalecimento da identidade cultural e para a luta por direitos. Célia Alves, uma representante do povo Terena e pesquisadora da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, esteve presente para defender a educação indígena. Segundo ela, “Esse curso transforma nossas culturas cada vez mais. É pouco conhecido, mas que tem uma força muito grande. Educação no campo não é só nas comunidades, é também dentro das universidades. Temos que mostrar quem somos nós, onde nós estivermos. O espaço na universidade tem que ser um espaço de resistência para todos nós”.