Nesta segunda-feira (17/11), logo cedo, a Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ) puxou o gatilho de uma grande ofensiva que vinha sendo montada há meses, quase em silêncio. A ação, feita em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), mirou um esquema nacional de desbloqueio e receptação qualificada de celulares — um negócio que, segundo policiais envolvidos, movimentava muita grana e atravessava praticamente o país inteiro.
Tudo começou de forma aparentemente simples: a prisão de um único criminoso que se destacava no submundo do desbloqueio. O sujeito era conhecido por conseguir destravar celulares de modo remoto, como se estivesse do lado da vítima. Nada de ferramentas improvisadas ou gambiarra de feira — era coisa feita com técnica, quase profissional. A partir da queda dele, os agentes começaram a puxar o fio da meada e descobriram uma espécie de clientela fixa espalhada por todos os estados brasileiros. Para piorar, o homem ainda dava cursos on-line, ensinando passo a passo como burlar os sistemas de segurança dos aparelhos.