Um novo capítulo nas investigações sobre a morte de Adalberto Amarilio Júnior veio à tona nesta semana. A Polícia Técnico-Científica de São Paulo entregou três laudos importantes ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), sendo que um deles revelou algo que pode mudar completamente os rumos do caso: foi detectada a presença de proteína do sêmen (PSA) na região íntima do corpo do empresário.
Esse dado, embora técnico, traz à tona uma possibilidade até então pouco discutida: Adalberto pode ter tido algum tipo de contato sexual pouco antes de morrer. Segundo os laudos preliminares, a causa da morte foi asfixia, o que levanta ainda mais questionamentos.
O que diz a polícia
De acordo com o delegado Fernando Ellian, que está acompanhando o caso, a proteína PSA é produzida pela próstata e geralmente aparece em exames forenses quando há indícios de atividade sexual recente. “O exame mostrou resultado positivo apenas na região do pênis. E é comum, após uma asfixia, que certos líquidos corporais sejam expelidos. Foi isso que os peritos apontaram”, explicou o delegado, tentando deixar claro que a presença da substância não define por si só o que realmente aconteceu.
Apesar disso, o próprio delegado ressaltou que o laudo técnico ainda não permite saber o contexto da relação — se houve ou não consentimento, por exemplo — nem o que isso significa do ponto de vista criminal. Agora, a equipe aguarda resultados de novos exames que tentarão identificar o DNA presente nesse material. Isso será fundamental pra saber se a substância é do próprio Adalberto ou se pertence a outra pessoa, o que pode inclusive indicar a presença de outro(s) envolvido(s) no local do crime.
Investigações avançam, mas detalhes seguem em sigilo
A diretora do DHPP, Ivalda Aleixo, deu uma entrevista ao jornalista Datena no programa Brasil do Povo, onde comentou que aproximadamente 70% do caso já estaria “esclarecido”. Mesmo com esse avanço considerável, a Secretaria da Segurança Pública (SSP-SP) deixou claro que não vai divulgar mais detalhes neste momento, justamente pra não comprometer o restante da investigação.
A polícia continua em campo, levantando provas, ouvindo testemunhas e buscando entender não só o que motivou o crime, mas também quem estaria por trás disso tudo. Até agora, a linha do tempo exata dos últimos momentos de Adalberto ainda é um quebra-cabeça com várias peças faltando.
Apesar das informações técnicas, o caso ainda é um mistério pra família, amigos e também pra sociedade, que acompanha cada atualização com muita atenção. A pressão sobre as autoridades é grande, especialmente por se tratar de um empresário conhecido e por conta das circunstâncias delicadas que envolvem a investigação.
Caso segue cercado de dúvidas
O fato é que, com cada novo laudo, surgem mais perguntas do que respostas. A descoberta da proteína do sêmen, por exemplo, embora tecnicamente relevante, não aponta diretamente para um culpado. E como disse o próprio delegado, “um laudo é parte da história, não a história toda”.
Por enquanto, o que se sabe é que Adalberto morreu por asfixia e que há indícios de atividade sexual antes disso. Mas o porquê, o como, e principalmente o quem — isso ainda tá longe de ser respondido. Enquanto isso, a família e o público aguardam por justiça.